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CUSTO DE VIDA

Inflação oficial fica em 1,06% no mês de abril no Brasil, informa o IBGE

No mês de abril, houve alívio na conta de energia elétrica, que recuou 6,27%

por Agência Estado
Publicado em 12/05/2022 às 00:46Atualizado em 12/05/2022 às 00:50
A taxa acumulada em 12 meses subiu a 12,13% (Tânia Rego/Agência Brasil)
A taxa acumulada em 12 meses subiu a 12,13% (Tânia Rego/Agência Brasil)
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Turbinada por novos aumentos nos preços dos combustíveis e dos alimentos, a inflação oficial no País alcançou 1,06% em abril, a mais acentuada para o mês desde 1996, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE.

A taxa acumulada em 12 meses subiu a 12,13%, o resultado mais elevado desde outubro de 2003, afastando-se ainda mais da meta de inflação perseguida pelo Banco Central este ano, de 3,5%, que tem teto de tolerância de 5%.

No mês de abril, houve alívio na conta de luz, que recuou 6,27% pelo fim da vigência da bandeira tarifária de Escassez Hídrica. Desde 16 de abril, passou a vigorar a bandeira tarifária verde, extinguindo a cobrança extra que acrescentava R$ 14,20 a cada 100Kwh consumidos, em vigor desde setembro do ano passado.

No entanto, os gastos com alimentos e transportes pesaram mais no bolso das famílias. Os aumentos de 2,06% nos preços de alimentação e bebidas e de 1,91% no gasto com deslocamento responderam juntos por certa de 80% do IPCA do mês.

As famílias pagaram mais pelo leite longa vida (10,31%), batata-inglesa (18,28%), tomate (10,18%), óleo de soja (8,24%), pão francês (4,52%) e carnes (1,02%).

Os combustíveis ficaram 3,20% mais caros, os grandes vilões da inflação de abril, seguidos pelos remédios, que subiram 6,13% e contribuíram com 0,19 ponto porcentual para o IPCA após autorização de reajuste nos medicamentos.

Índice de difusão

O índice de difusão do IPCA, que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, avançou a 78,25% em abril, taxa mais elevada desde janeiro de 2003.