Haddad defende controles internos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira, 20, a necessidade de órgãos internos de controle no poder público para combater casos de corrupção. Segundo Haddad, o serviço público no País, em geral, funciona 99% bem, mas é preciso agir contra o 1% que "pode atrapalhar o organismo como um todo".
As falas foram feitas durante o 1º Seminário de Governança, Riscos, Controle e Integridade, realizado pelo Ministério da Fazenda nesta quarta-feira em Brasília.
Durante sua fala, Haddad fez menção ao recente caso de fraude tributária na Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz-SP), que teria arrecadado R$ 1 bilhão em propinas desde 2021. As investigações levaram a prisões de empresários, como o dono da rende Ultrafarma, Sidney OIiveira, e do diretor da FastShop, Mario Otávio Gomes, além do auditor fiscal da Sefaz-SP, Artur Gomes da Silva Neto.
“Vejo esse caso no Estado de São Paulo, um servidor público com mais de um bilhão de reais na conta-corrente, como pode ter acontecido uma coisa dessa? Faltou exemplo, faltou liderança. Não é que não possa acontecer, mas um escândalo dessa magnitude, alguma coisa falhou no funcionamento”, disse o ministro.
Durante seu discurso, Haddad disse que existe uma “linha fina” entre os servidores cumprirem sua missão institucional e salvaguardar “a própria integridade”. Conforme o ministro, combater a corrupção não é uma tarefa simples e exige profissionais dedicados e dispostos a sair da zona de conforto.