Tarifa para o café

Na avaliação de especialistas e setor da cafeicultura brasileira, a retirada parcial de tarifas pelos Estados Unidos continua em risco competitivo para a exportação de café. O anúncio do governo norte-americano para a retirada da tarifa de 10%, que havia sido aplicada em abril deste ano às importações brasileiras, ainda trouxe incertezas ao setor, já que as sobretaxas de 40% que incidem sobre o café brasileiro foram mantidas. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a tarifa de 40% tende a reduzir a competitividade do café nacional nos Estados Unidos, uma vez que concorrentes relevantes do Brasil tiveram barreiras totalmente eliminadas ou reduzidas. Pesquisadores do Cepea destacam que, caso esse cenário continue, os volumes embarcados e os preços de exportação podem seguir pressionados. Dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) mostram que, na safra 2025-2026, os Estados Unidos deixaram de ocupar a liderança no destino do café brasileiro, sendo superados pela Alemanha.
Cafeicultor premiado
O produtor de café do município de Pindorama, na região de Catanduva, Talles Gabriel Martins da Conceição, foi premiado na 24ª edição do Concurso Estadual “Qualidade do Café de São Paulo”, ficando na terceira colocação entre os cafeicultores que atuam com a produção de qualidade do café paulista. O concurso, promovido pela Secretaria estadual de Agricultura, visa valorizar os produtores paulistas, difundir a qualidade de suas colheitas e estimular o consumo de cafés especiais com alto valor agregado. Com a variedade canephora (conilon e robusta) Thalles participou, com mais 77 participantes, e levou o prêmio. “Estamos seguindo a tradição familiar, que começou com meu avô e acreditamos que a nossa região está favorecendo a produção do café canephora”, destacou Thalles, que plantou neste ano 1,5 mil plantas do café conilon.
Biocombustíveis
O setor brasileiro de biocombustíveis lançou na COP30 a Carta de Belém, documento que propõe um esforço internacional coordenado para quadruplicar a produção e o uso de combustíveis sustentáveis até 2035, seguindo as recomendações da Agência Internacional de Energia (IEA). De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), que conduziu a elaboração do documento, a medida traz o diagnóstico de que o mundo está atrasado na descarbonização da mobilidade. “O etanol é uma tecnologia comprovada, escalável e integrada às cadeias produtivas. O Brasil mostrou que é possível descarbonizar enquanto se gera emprego e competitividade”, afirma Evandro Gussi, presidente da Unica.
Exportações de frutas
As exportações de frutas brasileiras registraram em 2025 o melhor desempenho em outubro, com valor de US$ 177,5 milhões em vendas para o mercado externo, 4,6% acima dos US$ 169,7 milhões comercializados no mesmo mês do ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Em outubro deste ano, foram embarcadas para o exterior 209,4 mil toneladas de frutas, que representaram 2,61% das exportações, sendo o setor de fruticultura o quinto no ranking de exportações agropecuárias do Brasil. Em termos de volume, o Brasil já alcançou de janeiro a outubro deste ano o total exportado em todo o ano passado, com um milhão de toneladas de frutas. Conforme a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas (Abrafrutas), as mangas são as frutas que lideram o ranking nacional de exportação, seguido pelo grupo de limões.