Superávit do agro

O agronegócio paulista manteve um bom desempenho no comércio exterior, alcançando um superávit de US$ 16,81 bilhões, nos nove primeiros meses de 2025. O saldo positivo é resultado das exportações que somaram US$ 21,15 bilhões e das importações que totalizaram US$ 4,34 bilhões. Os dados são da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, que aponta o aumento de 40,3% das exportações, enquanto as importações do setor corresponderam a 6,6% do total no estado, entre janeiro a setembro deste ano. O levantamento evidencia ainda que o complexo sucroalcooleiro foi responsável por 29,9% do total exportado, totalizando US$ 6,32 bilhões. O açúcar representou 92,1% e o etanol, 7,9%. O setor de carnes veio logo em seguida com 14,9% das vendas externas do setor, totalizando US$ 3,15 bilhões, com a carne bovina respondendo por 84,9%.
Safra de grãos
O primeiro levantamento para a safra de grãos 2025-2026 indica mais um ciclo de crescimento na agricultura brasileira. Segundo a pesquisa realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estudo aponta um total de 354,7 milhões de toneladas de grãos para a nova safra, volume 0,8% superior ao obtido na temporada anterior, e um crescimento na área a ser semeada de 3,3%, sendo estimada em 84,4 milhões de hectares. Os dados estão no 1º Levantamento de safra do novo ano agrícola, sendo divulgados pela Conab na terça-feira, 14. A soja deve continuar como a principal cultura brasileira em volume de produção e aumento de área de 3,6%, com uma colheita prevista de 177,6 milhões de toneladas na safra deste ano.
Agroindústria de açúcar
A Colombo Agroindústria inaugurou na quinta-feira, 9 de outubro, uma nova fábrica de açúcar na unidade de Palestina, na região de Rio Preto. De acordo com informações da empresa, o empreendimento representa um investimento estratégico da companhia para a ampliação de negócios no mercado exportador de açúcar. Com capacidade instalada para produção de 150 mil toneladas anuais de açúcar VHP (Very High Polarization) — tipo bruto destinado principalmente à exportação, com baixa umidade e fina camada de melaço —, a planta eleva o mix de produção do grupo de 40% para 55% e gera 60 novos empregos diretos. “O projeto garante geração zero de resíduos, reforçando as práticas sustentáveis e o cuidado com o meio ambiente. Concluído em somente 13 meses, é resultado de planejamento estratégico e dedicação para unir inovação e crescimento”, afirma Hélio Pavani, diretor industrial da empresa.
Feijão
As exportações brasileiras de feijões atingiram novos recordes, tanto no resultado mensal quanto no acumulado de 12 meses. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o estado do Mato Grosso se consolida como o principal fornecedor do produto exportado, com destaque para variedades diferentes das consumidas no mercado brasileiro. Segundo o levantamento, o avanço das exportações não tem afetado diretamente a oferta e os preços dos feijões carioca e preto negociados no mercado interno. De acordo com dados da Secex, o Brasil embarcou 85,4 mil toneladas de feijões em setembro, o maior volume mensal já registrado pela Secretaria.