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Professores de Rio Preto criam escola digital 'Muvuca'

Os conteúdos falam sobre pós-modernidade e carreira criativa

por Da Redação
Publicado em 24/01/2022 às 20:33Atualizado em 25/01/2022 às 08:28
Gabriela Andrade de Oliveira e Wagner Orniz, idealizadores da plataforma ‘Muvuca’, oferecem conteúdos diferenciados e alguns gratuitos (Divulgação)
Gabriela Andrade de Oliveira e Wagner Orniz, idealizadores da plataforma ‘Muvuca’, oferecem conteúdos diferenciados e alguns gratuitos (Divulgação)
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Com a intenção de proporcionar um ensino diferenciado e interdisciplinar, dois professores de Rio Preto, a pesquisadora Gabriela Andrade de Oliveira e o artista transdisciplinar e mestrando em estudos linguísticos pela Unesp, Wagner Orniz, criaram o site “Muvuca”, com o objetivo de ajudar as pessoas a se prepararem para as complexidades e incertezas do mundo contemporâneo.

De acordo com Orniz, a escola digital surge com o propósito de tentar suprir uma carência de cursos livres de excelência no Brasil. “Hoje, o que existe são cursos de habilidades específicas visando apenas o mercado de trabalho, como cursos de programação. Ou então, cursos criativos visando ensinar alguma técnica, por exemplo, artesanato e fotografia. E a escola Muvuca propõe a junção dessas áreas, unindo tecnologia, habilidades manuais e teoria”, informa.

Antes de criarem a plataforma online, os professores já tinham inaugurado uma escola presencial, a “Estúdio 2741”, um espaço cultural que funcionou por cinco anos, onde eram oferecidos cursos das áreas criativas e de tecnologia. Apesar da chegada da pandemia em 2020, a ideia de criar as aulas online surgiu com o projeto “Ambiente virtual de aprendizagem”, no começo de 2019.

“O plano inicial era ter sido lançado em 2020, mas aí veio a pandemia e, então, decidimos adiar. Seu lançamento ocorreu agora no final de dezembro. Durante este período de espera, pudemos observar melhor o funcionamento de outras plataformas para irmos melhorando o desenvolvimento da nossa escola”, enfatiza Gabriela.

Segundo os próprios professores, a ideia do nome “muvuca” simboliza o propósito da escola digital. “Além do termo significar ‘agitação’, muvuca é uma técnica de plantio, do qual mistura-se sementes de variadas espécies com o intuito de recuperar áreas degradadas. E é nessa pluralidade de significados que nasce o nosso objetivo de transformar a agitação, a mistura de pessoas e de conhecimentos, em sementes capazes de solucionar problemas contemporâneos”, explica Orniz.

Cursos

A escola digital divide seus cursos em dois eixos: habilidades e repertório. O primeiro traz cursos que focam uma competência ou técnica, e o segundo oferece aulas mais teóricas, a fim de apresentar discussões mais aprofundadas sobre os temas abordados. Gabriela informa que os cursos oferecidos são de diferentes níveis e os alunos podem conferir, dentro da plataforma, se determinada aula é adequada a seus conhecimentos prévios. Atualmente, o portal disponibiliza três conteúdos, sendo dois gratuitos produzidos com recursos da Lei Aldir Blanc.

O primeiro é “Identidade cultural e hibridações na pós-modernidade”, que visa esclarecer alguns conceitos-chave sobre a cultura, a identidade e o sujeito nesse momento conhecido como pós-modernidade, ou modernidade tardia. O segundo é “Desvendando o profissional criativo”, destinado às pessoas que ainda estão definindo ou estão numa transição profissional para a carreira criativa. “Ambos os cursos são divididos em módulos e lições, contam com material de apoio e atividades que são sempre revisadas pelo professor, de modo que o aluno nunca esteja sozinho”, conclui Orniz.

Serviço:

Plataforma de estudos aprofundados sobre a área criativa e tecnológica, com cursos gratuitos. Para conhecê-la, basta acessar: www.muvuca.org