Gerson Sestini lança livro 'Novas Latitudes, Diferentes Longitudes' em Rio Preto
Obra será lançada neste sábado, 14, a partir das 10h, no Riopreto Shopping

O professor e escritor Gerson Sestini deixou Rio Preto em 1962, mas Rio Preto nunca deixou seu coração. Afinal, é aqui que estão suas raízes. E ao desembarcar no porto de Gênova, na Itália, em 2016, sentiu que era hora de escrever um livro sobre a imigração da sua família e a contribuição dos italianos para o desenvolvimento de sua cidade Natal.
O resultado desse sentimento resultou no livro “Novas Latitudes, Diferentes Longitudes”, que Gerson Sestini lança neste sábado, 14, às 10h, no Riopreto Shopping. A obra, que tem selo da Editora In House, segue com o fio narrativo da imigração e a trajetória de vários povos até chegar à nova pátria, imbuídos de força e vontade de vencer.
“O título ‘Novas Latitudes, Diferentes Longitudes’ lembra a imigração para locais de clima diferente e distante”, explica o autor rio-pretense, aluno da primeira turma do curso de História Natural da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFI) - atual Unesp/Ibilce.
Segundo ele, Rio Preto é um belo exemplo de cidade que acolheu bem os imigrantes, como os sírios, libaneses, armênios, italianos, espanhóis, portugueses, e mais recentemente, os japoneses. “Os descendentes se relacionam e se casam e, como resultado, temos esta pujante cidade cosmopolita, assim como todo o Estado de São Paulo”, destaca.
"Ao desembarcar no porto de Gênova, veio-me à lembrança de minha avó partindo daquele mesmo lugar junto com a família, tendo como destino o Brasil, e a promessa que fizera de um dia retornar”, diz.
Gerson Sestini conta que foi incentivado pelo sobrinho, o empresário Alceu Germano Sestini, a escrever o livro, especialmente porque ele também tem ligações com o consulado Italiano no Brasil.
“A fase áurea de Rio Preto iniciou-se em 1912, com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Araraquarense (EFA). Meus familiares, os Ceccato Perini e os Sestini, vieram logo depois. Meu pai, primeira geração nascida no Brasil, veio com seus familiares, ao terminar de servir o exército na 1ª Convocação da Campanha de Olavo Bilac”, conta.
Segundo o autor, além de fotos, o livro traz histórias que foram contadas por seus antepassados e fatos que aconteceram e foram checados por ele. “Pesquisei sobre o que não estava claro, até para ilustrar melhor”, revela.
Dentre os fatos curiosos que constam na obra, Sestini conta que seu pai era chofer do Coronel Neca Medeiros e teve a primeira carteira de motorista emitida em Rio Preto. “Numa tarde, ao atravessar o leito do rio Preto, permitiu que uma cigana lesse a sua mão. A mulher ficou espantada ao ver e revelar que ele ficaria rico e atravessaria o oceano”, destaca.
Formado em Biologia pela Universidade de São Paulo (USP), Sestini seguiu para o Rio de Janeiro, em 1966, onde lecionou na Universidade Gama Filho. Ele já publicou dois livros sobre espiritismo, além da biografia de Dona Domingas Ricci, de Rio Preto, e um tributo a Cairbar Schutel, da cidade de Matão.