Duna: metáfora à colonização de exploração
Filme é baseado no livro homônimo publicado em 1965 pelo escritor norte-americano Frank Herbert

Uma das maiores expectativas do cinema em 2021, “Duna” é muito mais do que um filme remake de ficção científica carregado de efeitos visuais. Apesar de ter, sim, suas cenas fantásticas de batalhas e viagens espaciais, a narrativa explora a temática da colonização exploratória – um assunto bastante conhecido pelos brasileiros. Alô, Portugal!
Em sua segunda adaptação para os cinemas, o filme é baseado no livro homônimo publicado em 1965 pelo escritor norte-americano Frank Herbert. A história de “Duna” se passa no ano de 10.191 e a narrativa apresenta como protagonista o jovem Paul Atreides, filho do duque Leto Atreides.
No universo de “Duna”, a viagem interestelar só é possível por meio da dobra do tempo – uma forma de curvar o espaço-tempo para percorrer grandes distâncias em pequenos intervalos. Para funcionar, a tecnologia depende de uma especiaria encontrada apenas no planeta desértico de Arrakis (chamado de Duna pelos locais).
Por anos, o planeta foi explorado pela Casa Harkonnen, que enriqueceu com a mineração da especiaria. Sem dar nada em troca ao povo local, os colonizadores usavam de violência com quem se colocava em seu caminho. Quando o Império dá à Casa Atrides a missão de assumir a colonização de Arrakis, Paul descobre que seu destino pode estar ligado ao deserto, e que ele é a esperança de livrar o povo da opressão.
Felipe Nunes, Jornalista e mestrando em Literatura