Espetáculo ‘Meu Seridó’ Traz o sertão do Rio Grande do Norte para Rio Preto
Com um olhar divertido e fabular, peça chega ao Teatro do Sesi Rio Preto para três apresentações

Você conhece o Seridó? Por meio de uma crônica leve e popular, o espetáculo “Meu Seridó” traz o sertão do Rio Grande do Norte para o público rio-pretense.
Idealizado pela atriz Titina Medeiros, da Casa de Zoé (RN), o espetáculo teatral potiguar chega a Rio Preto para três apresentações no Teatro do Sesi.
As sessões acontecem nesta sexta e sábado, dias 29 e 30, às 20h, e no dia 1º de outubro, domingo, às 19h. As apresentações são gratuitas e os ingressos podem ser reservados pelo site da instituição, pelo menu “Meu Sesi”.
Com músicas executadas ao vivo e boas doses de humor e teatralidade, a peça traz questões como a condição da mulher no sertão, a extinção do indígena em detrimento do boi e a desertificação, na luta diária pela sobrevivência.
Dirigido por César Ferrario e com dramaturgia de Filipe Miguez, da Cia dos Atores e autor da novela “Cheias de Charme”, o espetáculo teatral “Meu Seridó” é o primeiro espetáculo da Casa de Zoé e nasce do desejo da atriz Titina Medeiros – que fez recentemente a novela “Amor Perfeito”, da TV Globo – de investigar e versar seu lugar de origem.
Idealizado como um espetáculo solo, possível de caber numa mala e se apresentar em alpendres e terreiros de comunidades rurais, o espetáculo ganhou maiores proporções com a chegada do dramaturgo Filipe Miguez e do diretor César Ferrario.
Acompanhada pelos atores Nara Kelly, Igor Fortunato, Caio Padilha – que também assina a trilha sonora – e Marcílio Amorim, Titina fez ao lado da equipe uma pesquisa histórica conduzida pela pesquisadora Leusa Araújo, através de imersões no próprio Seridó.
Para o diretor César Ferrario, a narrativa é constituída por uma linguagem de cunho popular para chegar em todas as pessoas e lugares.
“A nossa narrativa não tem um compromisso histórico. Ela tem seu início através de uma menção ao plano mítico do Seridó, onde o Sol e a Terra disputam o amor de Chuva, uma fábula muito coerente com as questões que atravessam toda a história de qualquer lugar sertanejo e seu imaginário. A partir disso, ela transita pela história do Seridó em seus espelhamentos terrenos, desde a chegada do homem andino até a vinda do vaqueiro e do português. O entrelaçamento dessas raças perpassa as histórias que vão sendo contadas ao longo do espetáculo”, conta.