Diário da Região
COMIDA DI BUTECO

Bar do Cidinho cria bolinho de batata-doce recheado de memória afetiva

Costeleti de Batata-doce é mais um petisco que conta um pouco da história da família de Alcides e Zaine dos Santos

por Hárlen Felix
Publicado em 17/08/2021 às 17:49Atualizado em 17/08/2021 às 22:37
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O bolinho de batata-doce com creme de milho e costela do Bar do Cidinho (Ruy Barbosa Jr./Divulgação)
O bolinho de batata-doce com creme de milho e costela do Bar do Cidinho (Ruy Barbosa Jr./Divulgação)
Alcides dos Santos, o Cidinho, e a filha, Helena: família unida no boteco (Ruy Barbosa Jr./Divulgação)
Alcides dos Santos, o Cidinho, e a filha, Helena: família unida no boteco (Ruy Barbosa Jr./Divulgação)
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Quantos afetos cabem em um bolinho? No Costeleti de Batata-doce, petisco criado pelo Bar do Cidinho, de Rio Preto, para participar do Comida di Buteco deste ano são muitos. Da memória familiar à alegria de poder proporcionar momentos de respiro a quem busca o boteco para esquecer, pelo menos por algumas horas, dos problemas da vida.

Tricampeão do concurso de culinária raiz, sendo vitorioso em todas as suas participações, nas edições de 2017, 2018 e 2019, a família de Alcides Lázaro dos Santos, o Cidinho, e de Zaine de Melo Santos cria petiscos exclusivos que narram sua própria história. "Buscamos criar coisas que têm a nossa identidade, contam um pouco da nossa vida", relata a filha do casal, Helena. 

E assim nasceu um bolinho de batata-doce recheado com costela e creme de milho, tendo como acompanhamento uma releitura do molho de chimichurri. "Meus pais são da zona rural e, quando morávamos no sítio, minha mãe colocava as batatas-doce no forno de barro à noite, para a gente comer no outro dia, com aquela casquinha durinha. Como o desafio desta edição está relacionado aos tubérculos, resgatamos esse momento de encontro familiar em torno da comida", conta Helena.

E as lembranças de família que temperam o petisco não param por aí. "Escolhemos a costela para rechear por causa das lembrancas de meus avós, que moravam na fazenda dos ingleses em Nova Granada. Quando um bovino era abatido, as carnes de primeira ficavam para os patrões e meu avô, que tinha muitos filhos, acabava ganhando alguns pedaços de costela, que era uma carne menos nobre", relata. "Hoje, uma carne de primeira é uma carne bem temperada, e a costela é bastante apreciada por todos", acrescenta a filha de Cidinho, que recorreu ao marido, Erlon Gil Adami, para o preparo dessa proteína. 

Já o molho chimichurri, típico do churrasco argentino, veio da sugestão de um cliente cativo do Bar do Cidinho. "Esse petisco precisava de uma chiqueza, né [risos]. Tava muito do sítio", brinca Helena, que fez a base de seu molho com maionese. 

O Bar do Cidinho leva tão a sério o Comida di Buteco que criou até mesmo um prato exclusivo para o seu novo petisco, que remete aos banquinhos do balcão do próprio estabelecimento. Além disso, o molho vem em um minicopo americano, remetendo ao copo que dá identidade ao bar. "Esse concurso é tudo na nossa vida, um orgulho que cresce todo dia dentro da gente. A gente pensa nele os 365 dias do ano, pois sabemos da importância de poder proporcionar um bom atendimento aos nossos clientes. Um boteco é o lugar onde as pessoas ficam felizes, e, para nós, poder proporcionar essa alegria, oferecendo uma cerveja gelada e um ambiente limpo a prazeroso, não tem preço."

Serviço
Bar do Cidinho.
Rua Capitão José de Castro, 78 (Vila Anchieta). De quarta a sexta-feira, das 8h à 0h, sábado, das 15h à 0h, e domingo, das 16h às 22h. Delivery e reservas: (17) 3234-9427