Diário da Região
EXPOSIÇÕES

Regiane Spolon e Regina Cheida expõem obras de arte em São Paulo

Em um momento em que o mundo atravessa o grande desafio dessa geração, a Casa Odisséia oferece ao público um conteúdo atento à transformação inevitável que envolve essa jornada global

por Francine Moreno
Publicado em 21/06/2022 às 20:24Atualizado em 22/06/2022 às 09:15
Tela ‘Alegria, Alegria’, da artista plástica Regina Cheida (Divulgação)
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Tela ‘Alegria, Alegria’, da artista plástica Regina Cheida (Divulgação)
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A Casa de Cultura Odisséia, localizada nos Jardins, em São Paulo, entende a arte como um bem inalienável da humanidade. Por isso investe em exposições, cursos e eventos que contribuem com a democratização da produção artística e respeitem seu caráter emancipatório e reflexivo. Em um momento em que o mundo atravessa o grande desafio dessa geração, a Casa Odisséia oferece ao público um conteúdo atento à transformação inevitável que envolve essa jornada global.

Obra ‘Dois mundos’, assinada pela artista plástica Regiane Spolon (Divulgação)
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Obra ‘Dois mundos’, assinada pela artista plástica Regiane Spolon (Divulgação)

Em parceria com a 284 Gallery - Exposições de Arte e o 284 Coletivo Brasil, o espaço abriga até o dia 30 de junho, a exposição coletiva "A Arte de Viajar”, que traz obras de 37 artistas. Com curadoria da designer e artista plástica Adriana Scartaris e do crítico de arte Oscar D'Ambrosio, a mostra traz uma reflexão sobre as múltiplas possibilidades de se viajar. Após o dia 30 de junho, a mostra seguirá para outras cidades.

Entre os 37 artistas que estão expondo as obras, duas profissionais são de Rio Preto. Uma delas é a artista plástica Regiane Spolon, que está expondo uma obra. No trabalho, que se chama "Dois mundos", a artista abusa das cores verde, azul, cinza e vermelho. “Busco o detalhe na arte de viajar e como nossa percepção se amplia quando conhecemos novos lugares e como nosso olhar fica mais aguçado.”

Para produzir a obra, Regiane utilizou técnica mista, em que usou tinta acrílica e limalha de ferro, que se mostra através da textura e do processo de oxidação no trabalho. “É um trabalho que foi produzido esse ano, especialmente para essa mostra.”

Para a artista, a participação na mostra na Casa de Cultura Odisséia tem uma grande importância. “Estar nessa coletiva está sendo muito gratificante. É uma honra dividir uma galeria com tantos artistas talentosos e com diferentes formas de expressão. É um projeto muito bem elaborado e que já tem programação para mais duas cidades.”

Oscar D’Ambrosio falou sobre a obra “Dois mundos”, de Regiane Spolon, em seu Instagram. “A visão da natureza brotando em meio a cidade aponta para a resiliência da mãe de todos nós, mas também é um índice de como contrapontos podem ser belos ao serem entendidos como a possibilidade de retirar das tensões mecanismos criativos que apontem para a construção de novas sínteses. Do diálogo entre a flor e a cidade, brota o entendimento de como ambas, em conjunto, podem trazer momentos de expressão e de reflexão em diversas manifestações e linguagens artísticas.”

A segunda artista plástica de Rio Preto é Regina Cheida, que é conhecida por produzir telas com diversas formas e linguagens, variando entre técnicas como óleos, acrílicos, carvão, conté, folhas de ouro, lonas usadas, entre outros. Pintora, ilustradora, restauradora e galerista, Regina acumula prêmios ao longo de sua carreira, em salões do Brasil e de países como Estados Unidos, África do Sul, Coreia, China, Portugal, Espanha, Itália e Alemanha.

Oscar D’Ambrosio também escreveu sobre a obra “Alegria, Alegria”, de Regina Cheida, na sua rede social. “O universo da praia é escolhido pela artista para enfocar o ato de viajar. Trata-se de um plano simbólico em que a liberdade se faz onipresente. Proibições e limitações relacionadas a vestimentas e a movimentações do corpo perdem o sentido nesse espaço caracterizado pela manifestação de um sentir que se dá direito a fazer o que muitas vezes não se teria coragem. É no espaço em branco que, analogamente, o artista busca encontrar seus caminhos para expressar o melhor de si pela arte.”

Esta não é a primeira vez que Regiane Spolon e Regina Cheida fazem parceria com o Coletivo 284. As duas participaram da exposição “Imperfeita 1.2” na galeria do Coletivo 284, em Lisboa. A exposição homenageou a artista mexicana Frida Kahlo, que é um ícone feminino nas artes, e celebrou personagens femininas que construíram admiráveis e inspiradoras trajetórias.

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