Por que manter uma boa relação com antigos empregadores

No mercado de trabalho, quanto mais portas abertas o trabalhador conseguir manter, maior é a chance de ele conseguir novas oportunidades. Isso por que na hora de uma candidatura a vagas de emprego, as empresas podem buscar por referências desses profissionais, a fim de avaliar o histórico dos candidatos.

Essas referências são coletadas pela empresa que busca o preenchimento de uma vaga. E essa busca pode ser realizada por meio do contato com as empresas em que o candidato trabalhou para saber mais, por exemplo, sobre resultados, comportamento e envolvimento no trabalho em equipe.

Por isso, muitos profissionais costumam indicar contatos de antigos empregadores para que os responsáveis por um possível processo seletivo possam buscar essas informações complementares. Apesar dessa tradição, Ana Martinez, CEO do TriaRH, explica que, normalmente, os setores de recursos humanos (RH) não costumam passar informações mais específicas além do período em que o funcionário trabalhou e se há algo que o desabone. Assim, a busca hoje tem acontecido de maneira diferente, mais informal, com pessoas que trabalharam com esse profissional, que nem sempre é o gestor indicado no currículo.

"É claro que ninguém vai colocar no currículo a referência de uma pessoa que vai falar mal dela. Então, os contratantes acabam não ligando para esses contatos, mas abordando outros profissionais que trabalham naquela empresa. Por isso, é extremamente importante que um profissional mantenha um bom relacionamento com gestores e com colegas das empresas anteriores", orienta.

Outro meio também utilizado para contribuir no processo seletivo é a carta de recomendação, em que os empregadores anteriores escrevem uma indicação do profissional que se candidata a uma vaga. Ellen Leandra Anholeto, diretora da Action RH avalia que este é instrumento interessante na hora de uma contratação, desde que isso seja utilizado como algo a mais no processo, não como fonte principal. "É sempre importante ter boas referências. A carta de indicação pode ser um diferencial nos processos seletivos, já que é mais um instrumento para que o novo empregador consiga avaliar a postura do candidato", diz.

Portanto, as especialistas recomendam que o profissional, ao sair de uma empresa, seja por pedido ou por desligamento involuntário, sempre busque essa postura de bom relacionamento, já que isso pode se traduzir em oportunidades, por meio de colegas de trabalhos e do antigo empregador.

(Colaborou Júlia de Britto)