Mercado imobiliário mais digital

A pandemia impulsionou a digitalização de diversos serviços e, no mercado imobiliário, não foi diferente. Hoje há inúmeras soluções digitais disponíveis no mercado que prometem facilitar a vida de quem deseja comprar um imóvel, deixando processos mais ágeis e possíveis de serem feitos até mesmo sem precisar sair de casa.

Para o diretor regional do Sindicato da Habitação (Secovi) em Rio Preto, Thiago Ribeiro, a digitalização é a tendência que deve consolidar no mercado imobiliário da cidade nos próximos anos, sendo que as imobiliárias que não se aprimorarem tecnologicamente poderão ficar para trás no mercado rio-pretense. Para o cliente, a principal vantagem é a facilidade no processo, recebendo um atendimento muito mais rápido, moderno e cômodo.

"É claro que é um caminho a ser percorrido, porque tem gente que não sabe ainda lidar muito bem com tecnologia. Mas é interessante mostrar como essas tecnologias facilitam para quem está buscando imóvel para comprar ou alugar, em como ela traz muita mais oferta e facilita a busca por imóveis. Com a tecnologia se aprimorando cada diz mais, eu tenho certeza que os clientes estarão futuramente em maioria alugando e comprando integralmente por vias digitais. Acho que esse é o caminho para o futuro", afirma Thiago.

Mariana Giorgi, diretora da Compacto Imóveis, acredita que a tecnologia pode ajudar no crescimento do mercado imobiliário na cidade de Rio Preto. Segundo ela, a adoção do tour virtual 360° e da assinatura digital elevou a locação de imóveis em 30% na empresa. Ela diz que isso ocorreu, principalmente, por conta da rapidez do processo, já que, com a adoção da digitalização, a imobiliária consegue fechar um contrato de forma inteiramente digital, desde a visitação do espaço, aprovação de crédito, até o preenchimento de documentos.

"Hoje, o comprador pode conseguir visualizar muito mais opções e isso pode gerar uma decisão mais assertiva do cliente. Além de contar com a comodidade de fazer todo o processo e inclusive passar a escritura de forma digital. Isso facilita muito, porque antes as pessoas tinham que estar presencialmente, ao mesmo tempo, no cartório. Agora, as pessoas podem fazer isso em videoconferência, de onde estiverem. O que antes levava em torno de uma semana, hoje em 48 horas é possível a concluir a locação", explica Mariana.

Compra internacional

No processo de venda de imóveis, a diretora conta que a digitalização possibilitou a expansão da cartela de clientes. "Conseguimos com que os negócios pudessem ser fechados com pessoas que moram fora da cidade, ou até fora do país, que querem investir. Por exemplo, com a alta do dólar, muitas pessoas que moram no exterior quiseram investir em imóveis na cidade e fizeram isso de forma digital. Antigamente, isso seria impossível", conta.

Sobre os custos da adoção da tecnologia nos processos para adquirir ou alugar um imóvel, a diretora explica que o investimento é vantajoso. "O investimento na digitalização não é muito alto, de acordo com a rentabilidade que pode gerar para a imobiliária. Então, vale muito a pena investir nos processos digitais, porque acaba trazendo mais economia e mais negócios para imobiliária", conclui.

(Colaborou Júlia de Britto)