Empresas oferecem empreendimentos imobiliários em Rio Preto com foco no aluguel
Imóveis residenciais e comerciais são construídos em Rio Preto para serem alugados

Na hora de construir um imóvel, nem sempre a venda tem sido um dos critérios escolhidos por construtoras e incorporadoras que estão construindo em Rio Preto. Algumas empresas têm optado em focar no aluguel para a oferta e entrega de um empreendimento, seja diretamente para quem vai alugar ou para quem quer comprar e se tornar um locador.
O Hype 017 Powered by Housi, da Garetti Desenvolvimento Imobiliário, por exemplo, oferece como opção a moradia por assinatura, que permite estadias curtas ou longas, rentabilidade para quem investe e elimina as burocracias do aluguel tradicional de um imóvel.
O conceito, que foi trazido para a região pelo CEO da Garetti, Danilo Machado, acontece em parceria com a Housi, que permite locação de apartamentos em menos de um minuto, como um serviço de streaming.
A estratégia do empreendimento está em analisar o comportamento humano, como ele se transforma com a tecnologia e faz com que as escolhas de produtos e serviços, em todos os segmentos, estejam focadas na praticidade, agilidade e conforto.
Os interessados só precisam acessar o aplicativo, escolher um imóvel e o período de estadia, que pode variar de alguns dias até mais de um ano. Após a aprovação do pagamento, o locatário já pode se mudar.
Os pagamentos são feitos por cartão de crédito e o contrato não exige tempo mínimo ou máximo de locação. A administração e manutenção da unidade fica a cargo da Housi e o investidor só fica com o recebimento da renda.
Danilo contou ao Diário que, com o empreendimento, a empresa conseguido atrair investidores, inclusive de outros estados e até outros países, aumentando nossas possibilidades de negócios, antes restrita ao mercado local. "O mundo está mudando e nossa maneira de viver nele também. O mercado imobiliário está no centro das nossas vidas, pois morar é um requisito mínimo de sobrevivência e, certamente, nossa relação com os imóveis também está passando por isso", afirmou o CEO, que destacou que Rio Preto é um polo regional importante para justificar a novidade.
Segundo ele, a empresa acredita no uso da inovação e tecnologia para melhorar a vida das pessoas. "Não foi simplesmente uma aposta, porque os resultados de venda nos mostraram que o mercado recebeu muito bem tudo o que propusemos com esse produto, o que corresponde a 80% das unidades em cerca de 60 dias", disse.
Feito sob medida
Alugar um imóvel comercial/empresarial sob medida é o propósito do modelo “Built To Suit” (BTS), conceito adotado pelo Centro Comercial e Empresarial BR 153, empreendimento que será lançado este ano na rodovia homônima, em Rio Preto.
Do inglês "construído para servir", o modelo de contrato de locação, que é novidade em Rio Preto, trabalha com o aluguel de imóveis construídos para os interesses das operações do locatário, já prevendo as necessidades de seu negócio. Os custos são abatidos junto às parcelas de aluguel. Quanto mais longo o contrato, menor o gasto com a adequação do imóvel.
De acordo com Enivaldo Mendes, diretor da TCL Construtora, que está à frente do empreendimento, o prazo pode variar entre 10 e 15 anos. No final do contrato, é possível estudar a possibilidade de o comprador virar proprietário do imóvel. Além de diminuir os custos de quem está investindo, o formato permite que o locatário não se preocupe com as obras de construção.
Os gastos com a locação, referentes a custos operacionais, podem ser deduzidos diretamente das bases de cálculo do IR e da CSLL. No entanto, se as áreas forem utilizadas nas atividades do inquilino, as despesas poderão ser deduzidas da base de cálculo do PIS e COFINS.
Para o investidor, responsável por financiar a operação através do incorporador do empreendimento, os benefícios são a garantia de recebimento do fluxo de aluguéis completo (devido à multa de rescisão do contrato) e a oportunidade de investir em ativos imobiliários com maior segurança.
A operação já é regulamentada no Brasil. Com as determinações feitas pela lei 12.744/12, o BTS é chamado de “contrato de construção ajustada”, com prazo mínimo definido em 10 anos de contrato.
Para Mendes, a opção é uma facilidade, uma vez que a pessoa não precisa pagar nem a construção, nem o valor da construção e no final tem a opção de ficar com o imóvel ou não.
“A grande vantagem é que as empresas não precisam disponibilizar valores pra investir, elas direcionam seu capital para o negócio delas sem se preocupar em fazer grandes investimentos. A gente faz e cobra do locatário ao longo do tempo”, disse o empresário. Atualmente, o BR 153 possui propostas para três empresas que estão analisando a adesão do modelo.