Decoração pode contribuir para aumentar a sensação de bem-estar no imóvel; saiba como
Manter a casa fresca vai muito além de deixar o ar-condicionado ligado

As ondas de calor extremo que atingiram Rio Preto nos últimos meses evidenciaram a necessidade de estratégias para diminuir a temperatura dentro de casa. Em setembro, os termômetros chegaram a marcar 41,9°C, recorde da série histórica iniciada em 2009, quando a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) começou a monitorar o clima da cidade. Em novembro, a temperatura voltou à casa dos 40°C e, embora a chuva tenha dado uma trégua ao calor nos últimos dias, o clima quente deve prevalecer no final do mês de novembro e início de dezembro.
A situação pode levar muitos moradores a querer investir no conforto térmico de suas casas e o ar-condicionado é, sem dúvidas, a principal alternativa para quem não quer passar calor. Mas, como existem diferentes modelos no mercado, é preciso buscar o aparelho que melhor atenderá as necessidades do imóvel, analisando fatores como custo, saída de BTU, controles e eficiência de energia
“Atualmente, temos inúmeras opções de modelos que vão desde os portáteis, que não precisam de infraestrutura para instalação, como também as opções mais silenciosas, que são os cassetes, instalados no teto, e os splits. Sem contar o formato tradicional de janela, que ainda é um dos mais utilizados”, explica a arquiteta Isabella Nalon.
Mas a climatização vai além e pode começar até mesmo pela decoração. A escolha das cores das paredes, por exemplo, exerce muita influência no ambiente. Tons claros são os mais indicados para garantir cômodos mais refrescantes. Recomendação que vale também para itens como almofadas, tapetes e cortinas.
Segundo a arquiteta Júlia Guadix, vale apostar em estampas ou em tecidos neutros leves e naturais como cetim ou algodão, que permitem mais respiro no local. “Para quem tem sofá de couro ou mais escuro, é possível cobri-lo com xale ou uma manta mais leve, como aquelas produzidas artesanalmente, para criar uma atmosfera fresquinha no ambiente”, sugere.
Já para aqueles que não gostam de manter todas as paredes brancas, a arquiteta Carina Dal Fabbro recomenda o uso de tons rose e de azul. “É uma tendência, mas não existe regra. Todos os tons claros trazem a sensação de frescor e cabe ao morador escolher o seu preferido de acordo com o seu gosto e estilo pessoal”, indica a profissional.
Outro ponto importante para manter a a casa fresca é a ventilação, que deve ser pensada desde a construção do imóvel. Uma alternativa ao ar-condicionado é o uso de ventiladores e umidificadores. Este último, porém, merece uma ressalva: se ligado por muito tempo, pode provocar o aparecimento de mofo ou bolor nos ambientes. “Todos os recursos são positivos, mas o melhor mesmo é quando podemos contar com a ventilação natural. Janelas e amplos vãos de porta idealizados durante o projeto arquitetônico contribuem para uma casa bem arejada e saudável”, acrescenta Carina.
As plantas também cumprem papel importante na climatização do ambiente. Mas não basta ter apenas um vasinho aqui ou acolá. “O valioso é ter uma combinação de espécies, sempre lembrando que, quanto maior o tamanho da folha, mais a plantinha respirará, nos dando como resultado um ambiente mais úmido e agradável. Uma sugestão também é escolher uma parede para um jardim vertical”, avalia Júlia.
As espécies mais indicadas para os ambientes internos são jiboia, avenca, begônia, samambaia, costela de Adão e filodendros, entre outras, que apresentam uma fácil adaptação em casa, desde que recebam ventilação, luz natural e a rega conforme as características particulares de cada uma.