Imóveis usados de até R$ 500 mil são os mais procurados na região de Rio Preto
Dados do CreciSP, referentes a dezembro, mostraram que 47% das vendas na região corresponderam a imóveis dentro dessa faixa de preços
Os imóveis de R$ 301 mil e R$ 500 mil estão entre os preferidos de quem busca um usado na região de Rio Preto. É o que mostra a pesquisa mais recente realizada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP), divulgada esta semana, com dados referentes a dezembro, que mostrou que 47% das vendas na região corresponderam a imóveis dentro dessa faixa de preço.
A pesquisa identificou que quem compra imóvel de R$ 400 mil prefere as casas, que representam 76,19% do total de vendas, o que, segundo o diretor comercial da Setpar Empreendimentos, Ricardo Teixeira, evidencia um movimento que aconteceu em razão da pandemia, período em que as pessoas passaram a buscar espaços de convivência maiores.
"São clientes que, muitas vezes, já tinham uma casa menor e buscaram uma melhoria no tamanho, espaço e em ter uma área de lazer, por causa da cultura da nossa região em se reunir em casa com os amigos para fazer um churrasco. Esse valor pode trazer essas melhorias, em vez de as pessoas fazerem uma reforma, por causa das facilidades de crédito, às vezes fica mais viável dar a casa na troca e pegar uma maior", diz.
A pesquisa corrobora a afirmação de Ricardo. Segundo o levantamento, a maioria dos compradores (52,17%) buscaram imóveis com área útil de 101 a 200 metros quadrados (m²). Além disso, 65,22% dos compradores optaram por imóveis com duas vagas na garagem. As casas com dois dormitórios lideram a preferência, com 52,17% das vendas, enquanto aquelas com três quartos são 39,13%.
O empresário do mercado imobiliário Guilherme Neilly avalia que a busca por uma quantidade maior de quartos pode ser motivada pela adoção do home office, já que um dos quartos pode ser transformado em um escritório.
"Hoje a casa ter um quarto a mais ou um quartinho no fundo que pode servir de escritório é fundamental. Porém, são poucos os imóveis usados nessa faixa de preços que foram planejados com o escritório. Então as pessoas normalmente têm buscado por mais dormitórios para utilizar esse quarto como um espaço de home office", cita.
Quanto à localização, 36,73% dos imóveis vendidos no período são de área nobres e 14,29% na área Central. Os outros 48,98% estão distribuídos em outras regiões. Segundo Guilherme, a busca por bairros com maior segurança e com boa localização, como é o caso de alguns condomínios da região, tem sido um dos principais pedidos
(Colaborou Júlia de Britto)