5 pilares para manter sua carreira relevante na era da IA

A crescente presença da inteligência artificial no ambiente de trabalho tem levado profissionais e empresas a repensarem seu papel diante da tecnologia. Em um cenário em que tarefas repetitivas são automatizadas, cresce a valorização de quem sabe usar ferramentas de IA para gerar valor estratégico. Nesse contexto, ganha espaço o conceito de “durabilidade da carreira” — a capacidade de continuar empregado mesmo diante de avanços tecnológicos e transformações externas.

A expressão é usada pela futurista Alexandra Levit, da consultoria de gestão de pessoas ManpowerGroup, que define cinco pilares fundamentais para essa sustentabilidade profissional: habilidades técnicas, competências interpessoais, conhecimento do negócio, domínio de tecnologias aplicadas e mentalidade voltada para o crescimento. O domínio da IA entra como parte essencial do pilar tecnológico — e, segundo ela, não exige formação técnica, mas sim familiaridade com o uso prático das ferramentas.

A expectativa é que os profissionais combinem a capacidade de aplicar soluções tecnológicas com atributos essencialmente humanos, como pensamento crítico, empatia, comunicação clara e julgamento ético. Ao mesmo tempo, cabe às empresas criar condições para que essa transformação seja possível, com investimentos contínuos em qualificação e espaços para experimentação.

"Ter proficiência em inteligência artificial, por exemplo, é parte do pilar das habilidades tecnológicas aplicadas. Isso não significa entender a fundo como funcionam os algoritmos, mas sim saber usar as ferramentas de IA disponíveis para tornar seu trabalho mais eficiente", diz o relatório da ManpowerGroup.

Dados do estudo Experis CIO 2025 Outlook, 36% dos líderes de tecnologia veem a IA como uma inovação promissora, mas que ainda precisa ser aprimorada. Outros 33% afirmam que o impacto da tecnologia nos negócios ainda é incerto. Por outro lado, apenas 10% dos CIOs dizem que a IA já está totalmente integrada nas suas organizações — ou seja, ainda há tempo para os profissionais se prepararem. 

Além disso, cerca de um terço dos empregadores acredita que a IA não consegue substituir ou melhorar competências humanas essenciais, como julgamento ético e atendimento personalizado ao cliente. A mensagem é clara: quem investir em aprendizado contínuo e souber aliar tecnologia com inteligência humana estará mais preparado para os desafios (e oportunidades) da nova economia.