TJ mantém liberdade de síndico acusado de matar advogado em Rio Preto
Pela decisão, Emerson fica obrigado a comparecer mensalmente na Justiça, proibido de manter contato com familiares da vítima e pessoas envolvidas no caso

A 9ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo revogou a prisão preventiva do síndico Emerson Flamengui acusado de ter matado com um soco no rosto o advogado Celso Wanzo, em 12 de fevereiro deste ano, na frente do prédio onde os dois moravam, em Rio Preto.
O síndico corintiano brigou com o advogado palmeirense, após o Palmeiras perder o título para o Chelsea, na final do Mundial de Clubes. Depois de ser agredido com um soco, Wanzo foi internado e morreu na madrugada no dia seguinte, no Hospital de Base de Rio Preto.
O relator do processo, desembargador Alcides Malossi Júnior, ao revogar o mandado de prisão, disse que o crime é "gravíssimo, dado sua consequência trágica". Mas, segundo Júnior, o mandado de prisão preventiva, não se sustenta, pelo fato do réu não ter fugido após o crime, chamou uma ambulância ao ver que o Wanzo, e também se apresentou à delegacia.
"O dolo foi o de agredir, provocar lesão, que não mudou com o resultado trágico posterior. Crime preterdoloso, quando não se espera o resultado da morte. Não se verificou qualquer medida, por parte do paciente, que pudesse atrapalhar a instrução ou dificultar, ao final, a aplicação da lei penal", argumentou o relator.
Pela decisão, Emerson fica obrigado a comparecer mensalmente na Justiça, proibido de manter contato com familiares da vítima e pessoas envolvidas no caso, como testemunhas, devendo permanecer distante e não pode se ausentar da cidade, exceto quando houver expressa autorização judicial.