Diário da Região
'operação mercúrio'

Suspeitos de furtar fábricas de joias em Rio Preto são presos em São Paulo

Criminosos seriam parte de uma quadrilha especializada; cada furto rendia de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões, a depender da quantidade de ouro ou pedras preciosas encontradas

por Núcleo Digital
Publicado em 13/05/2024 às 10:35Atualizado em 13/05/2024 às 11:25
Câmeras flagraram o momento em que criminosos arrombavam o cofre de uma fábrica na Vila Anchieta (Reprodução/Câmeras de segurança)
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Câmeras flagraram o momento em que criminosos arrombavam o cofre de uma fábrica na Vila Anchieta (Reprodução/Câmeras de segurança)
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A Polícia Civil prendeu quatro pessoas em São Paulo na última terça-feira, 7, suspeitas de compor uma quadrilha especializada em furtos a fábricas de joias em Rio Preto. Foram quatro vítimas em dois anos, com prejuízos milionários.

Divididos em grupos, os criminosos invadiam prédios das empresas pela manhã, procuravam pelo cofre e retornavam à noite para recolher os produtos. Cada furto rendia de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões, a depender da quantidade de ouro ou pedras preciosas encontradas.

Segundo o delegado Paulo Buchala Júnior, a polícia observou um aumento no número de furtos contra fábricas de joias a partir de 2022. Com base na investigação de um furto contra uma empresa na Vila Anchieta, cometido em novembro de 2023, foi constatado que a ação era feita por um grupo especializado. Câmeras de segurança captaram a ação.

Os outros furtos ocorreram na Vila Maceno, no Jardim Nazareth e na Vila Redentora.

“Eles estudam, analisam, vem dias antes para Rio Preto, monitoram o local e geralmente escolhem um domingo para furtar. O ouro era derretido para depois ser vendido para lojas de São Paulo”, explica o delegado.

Ao todo, a quadrilha teria oito integrantes: seis já foram identificados e quatro foram presos. Dentre os criminosos identificados, está uma pessoa suspeita de financiar os furtos. De acordo com a Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic), cada um dos ladrões era "contratado" por R$ 23 mil. Um deles confessou o crime.

Os suspeitos seguem à disposição da Justiça e as investigações continuam para tentar identificar todos os receptadores do ouro furtado.

(Colaboraram Marco Antonio dos Santos e Nathália Gomes)