Diário da Região
CLIMA

Inverno tem início nesta terça-feira com expectativa de novas frentes frias na região de Rio Preto

Volume de chuva deve ficar abaixo da média da estação na região

por Marco Antonio dos Santos
Publicado em 20/06/2022 às 21:07Atualizado em 21/06/2022 às 08:27
Vertedouro da Represa tem bom volume: por enquanto, Semae descarta racionamento de água (Guilherme Baffi 20/6/2022)
Vertedouro da Represa tem bom volume: por enquanto, Semae descarta racionamento de água (Guilherme Baffi 20/6/2022)
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O inverno brasileiro começa às 6h14 desta terça-feira, 21, com possibilidade de mais frentes frias acompanhadas de chuvas leves na região de Rio Preto, como a registrada no final de semana, prevê o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

As chuvas que caíram na madrugada de sábado, 18, foram provocadas por efeitos de La Niña, fenômeno meteorológico que trouxe mais água do que as médias registradas nos primeiros semestres de 2020 e 2021.

O volume de água nos próximos três meses da nova estação deve ser abaixo da média do período, alerta o Inmet. “Podemos ter a chegada de novas frentes frias para a região nos próximos meses, que irão provocar chuvas, mas será muito pouco. O que vai marcar neste trimestre será a estiagem, que já é típica do inverno”, explica Morgana Almeida, meteorologista.

O bom volume de chuvas tem deixado cheios os reservatórios do Serviço Municipal de Água e Esgoto de Rio Preto (Semae) que, por enquanto descarta a imposição de racionamento no fornecimento, diferentemente do que aconteceu em 2020 e em 2021 – no ano passado, a restrição iniciou em maio e durou até outubro.

No ano passado, até o mês de junho, o índice pluviométrico estava em 442 milímetros (mm). Em 2022, até esta segunda, o marcador está em 697 mm, 57,69% a mais.

O nível bom do abastecimento de Rio Preto em 2022 transparece no vertedouro do Lago 1 da Represa Municipal de Rio Preto, que ficou com queda de água praticamente todos os dias no primeiro semestre.

“O abastecimento está em condições normais. A quantidade de chuvas até o momento está suficiente para manter a vazão de captação estabilizada e a distribuição normalizada. Não há possibilidade de prever as condições de abastecimento em um prazo mais alongado, mas na situação atual não há qualquer necessidade de se falar em racionamento. O cenário precisa ser avaliado a cada mudança do regime de chuvas e qualidade da água do manancial”, explica Fábio Furlan, gerente de Operação e Manutenção de Água do Semae.

A Polícia Ambiental e a Defesa Civil de Rio Preto mantêm o alerta para monitoramento contra focos de queimadas na Floresta Estadual, região do antigo IPA, a maior área verde da cidade, que tem sido atingida por incêndios nos últimos anos.

Para toda a região Sudeste e Sul do Brasil, o Inmet prevê temperaturas mais amenas ao longo dos próximos meses, como é típico do inverno, mas sem dias de pico de altas temperaturas.

Para o Centro-Oeste, há grande probabilidade de redução da umidade do ar, ficando em média entre 20% e 30%, bem próximo do clima desértico, o que eleva o risco de queimadas, por causa da vegetação seca, mais sujeita à pegar fogo.

Na já castigada região do Nordeste por elevado volume de chuvas, o inverno prevê alto índice pluviométrico devido ao aquecimento das águas nas regiões costeiras, com temperaturas elevadas pela La Niña, fenômeno que provocou grandes inundações e alagamentos nos estados da Bahia e Pernambuco.