Diário da Região
DIA NACIONAL DO DOADOR

Hemocentro de Rio Preto precisa de mais doadores

O estoque de todas as tipagens está em nível baixo, sendo os mais críticos O positivo e O negativo

por Millena Grigoleti
Publicado em 24/11/2021 às 20:34Atualizado em 25/11/2021 às 14:01
A técnica de enfermagem Daiane viu na doação de sangue uma forma de ajudar as pessoas (Johnny Torres 24/11/2021)
A técnica de enfermagem Daiane viu na doação de sangue uma forma de ajudar as pessoas (Johnny Torres 24/11/2021)
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O Hemocentro de Rio Preto está recebendo, em média, 50 doações de sangue por dia, quando o ideal para atender a demanda com tranquilidade seria que cem pessoas procurassem a instituição diariamente. Para agradecer a quem já tem na veia a solidariedade e sensibilizar mais doadores, é celebrado nesta quinta-feira, 25, o Dia Nacional do Doador de Sangue. O estoque de todas as tipagens está em nível baixo, sendo os mais críticos O positivo e O negativo.

O Hemocentro de Rio Preto atende 39 instituições da cidade e da região. São, em média, 6,5 mil transfusões por mês. Nessa época do ano, a demanda aumenta. “São acidentes, cirurgias de emergência e o uso rotineiro em tratamentos de hemodiálise, quimioterapia. Essa demanda não tira férias”, diz Bárbara Luzia Cabrera, enfermeira do setor de captação do Hemocentro. Por outro lado, a correria de fim de ano faz o fluxo de doadores diminuir.

O objetivo da campanha realizada em novembro para os doadores é atrair mais pessoas e também lembrar as que já têm esse hábito de voltar ao Hemocentro. Bruna Cristiane Marques, farmacêutica de 33 anos, é doadora desde 2017 e procura colaborar pelo menos duas vezes por ano. "Como sou profissional da área da saúde atuante em hospital, sei da importância da doação de sangue, pois é essencial para a sobrevivência. Doar é um ato de amor ao próximo repleto de solidariedade. Saber que eu posso contribuir para que uma vida continue é muito gratificante”, acredita. “Não sabemos o dia de amanhã, hoje sou eu que estou doando, amanhã posso estar recebendo.”

Daiane Mendes de Oliveira Ferreira, técnica de enfermagem de 34 anos, é doadora de sangue e medula óssea desde 2013. “Ser doadora foi uma meta que eu estipulei para mim mesma em ajudar de alguma forma o próximo. Sinto muita satisfação em ajudar de alguma forma a quem precisa.”

Cada bolsa de sangue salva quatro vidas, pois ele é fracionado em concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, plasma e crio precipitado, que são repassados aos pacientes que precisam conforme a necessidade. "O sangue é responsável pelo transporte de oxigênio para todo o organismo, não tem substituto para bolsas de sangue, não tem nenhuma medicação que vai fazer a função que as hemácias fazem. É o que precisamos para sobreviver”, explica a enfermeira Bárbara. “Você chega com paciente sangrando na emergência e não dá para passar um sorinho nele, é a transfusão que vai salvar vida.”

Como doar

O Hemocentro não está exigindo mais o agendamento dos doadores, a não ser de grupos. Todos os protocolos de segurança para evitar a contaminação pelo coronavírus estão sendo seguidos, como uso de máscaras, distanciamento social e higienização das poltronas. O Hemocentro funciona todos os dias das 7h às 13h na avenida Jamil Feres Kfouri, 80. O WhatsApp para tirar dúvidas é o (17) 99623-9985.