Grupo 'marcha' em Rio Preto pelo fim da violência contra a mulher
Manifestação será simultânea às de outras 20 cidades no Brasil e no exterior

Acontece neste domingo, 5 de dezembro, a 4ª Caminhada Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas, que por aqui é organizada pelo núcleo de Rio Preto do Grupo Mulheres do Brasil. Serão pelo menos 20 cidades no Brasil e no exterior que participarão da ação ao mesmo tempo.
Em Rio Preto, até 15 de outubro deste ano, 82 agressores de mulheres foram presos, um a cada três dias. Até meados de novembro, 994 medidas protetivas foram expedidas na cidade.
Segundo Kelly Jordânia, o evento é aberto para homens, mulheres e crianças. A concentração será a partir das 9h com saída às 10h no Mercadão Municipal na rua Antônio de Godoy, passando pelas ruas Silva Jardim, 15 de Novembro, Jorge Tibiriçá, avenida Alberto Andaló e voltando pela rua Silva Jardim, retornando ao Mercadão.
O Grupo Mulheres do Brasil é presidido pela empresária Luiza Helena Trajano. “Não podemos mais aceitar que uma mulher seja morta a cada duas horas e que haja um estupro a cada 11 minutos. Temos que mudar essa realidade urgente, é a união de todos e todas por uma causa global”, diz a executiva, referindo-se a dados de crimes em todo o País.
De acordo com Kelly, as mulheres em Rio Preto sofrem diversos tipos de violência: psicológica, física, patrimonial e sexual. “A gente percebe que a violência cresceu com a convivência na pandemia, de as pessoas ficarem mais tempo juntas.”
Elizabete Scheibmayr, uma das líderes do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, também acredita que é um momento de unir forças e avançar na questão. “Já tivemos grandes avanços com a Lei Maria da Penha e as delegacias da Mulher, mas ainda temos muito a fazer para garantir uma assistência adequada às vítimas de violência, lutando por legislações favoráveis a elas, detectando os casos e recuperando os agressores, por exemplo. Essa campanha de conscientização é uma grande ação, pois chama a atenção de toda a sociedade para um problema que diz respeito a todos nós”, diz.
Ativismo
Continua em Rio Preto a ação “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”. Nesta quinta-feira, 2, acontece no salão chaminé da Swift, às 20h, o evento presencial “Canais que atendem a violência contra a mulher”, uma rodada de conversa sobre o que são esses canais e quais as dificuldades enfrentadas por elas no dia a dia. No sábado, 4, acontece uma Feira de Artesanato e Intervenções Culturais no Clube do Lago, das 9h às 17h.