Baep de Rio Preto faz treinamento contra ações terroristas
Foco é agir em situações com reféns, como invasões de escola


O 9º Batalhão de Ações Especiais de Rio Preto (Baep) está fazendo treinamento para combate a ações terroristas na cidade. O foco é salvar reféns em possíveis ações armadas, como invasão a escolas. O treinamento tático envolveu 50 integrantes da equipe.
A ação desta quinta foi baseada no massacre de Suzano, em que dois alunos armados invadiram a escola Raul Brasil, em 2019, e mataram cinco alunos e duas funcionárias, além de deixar estudantes feridos e matar uma pessoa antes de chegarem no colégio. Eles também morreram na ação.
Coordenador do treinamento, o tenente Felipe Guimarães Jovino afirma que a meta da simulação é deter os invasores e salvar os reféns no menor tempo possível. Neste caso do teste, 20 pessoas estariam sob a mira de armas. “Faremos este treino pelo menos três vezes por mês, com objetivo de reduzir cada vez mais o tempo de ação. Desta vez, conseguimos deter os invasores e salvar os reféns em cinco minutos. O tempo conta desde a chegada da equipe no local. Nosso objetivo é reduzir mais ainda esse tempo”, diz o tenente.
Por questão de segurança, os integrantes do Baep usaram munição de festim, mas o armamento usado é o mesmo utilizado em situações de gerenciamento de crise.
Além da entrada das equipes no prédio, também faz parte do treinamento a colocação de atiradores de elite em pontos estratégicos, preparados para atirar contra os invasores quando a vida dos reféns estiver em iminente perigo. “Também faz parte da estratégia destas situações a presença de um policial capacitado em negociação. Ele será responsável em fazer o primeiro contato com os agressores, até a chegada de uma equipe do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) de São Paulo até Rio Preto. Tudo isso pensando sempre em nosso foco principal, preservar a vida de todos os envolvidos”, diz o coordenador.
O comandante do 9º Baep, coronel Márcio Cortez, afirma que a corporação busca constantemente aperfeiçoamento, para estar preparada para situações como estas de invasão de escolas. “Nesse sentido, o Baep, por ser um batalhão de ações especiais, procura desenvolver treinamentos para que os policiais militares estejam devidamente preparados para dar a melhor resposta a esses eventos, a fim de desenvolver as habilidades e os procedimentos necessários para lidar com tais situações", diz o oficial.
“A possibilidade de ocorrer eventos como esse não pode ser subestimada e o exercício prático das técnicas e procedimentos por meio de treinamento e simulação de situações parecidas permite ao policial militar detectar possíveis erros e corrigir suas ações, a fim de que, numa situação real, esteja melhor preparado para dar uma resposta adequada, sempre voltado, primeiramente, à preservação da vida de todos os envolvidos”, completa.