Advogado é preso por armazenar pornografia infantil em Rio Preto
Foram encontrados 30 gigabytes de vídeos e fotos no computador dele

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Rio Preto prendeu na tarde de sexta-feira, 1º, dentro do condomínio Recanto do Lago, um advogado de 33 anos flagrado com 30 gigabytes de vídeos e fotos de pornografia infantil, armazenados em um computador e em um notebook.
O suspeito mora com os pais, que teriam ficado assustados com a chegada dos policiais e surpresos ao saberem que foi suspeita de pornografia infantil que motivou o cumprimento do mandado de busca e apreensão dentro do quarto do filho.
A prisão do advogado é um desdobramento da Operação Black Dolphin, focada no combate à pornografia infantil em Rio Preto. O delegado Alexandre Del Nero Arid, responsável pelo setor de inteligência da delegacia seccional, diz que a Polícia Civil estava à procura do suspeito desde 2015, quando o nome do nickname dele foi descoberto dentro da deep web, nos grupos de compartilhamento de pornografia infantil.
O advogado chamou a atenção do setor de inteligência da Polícia Civil depois que passou a fazer um alto volume de downloads de pornografia infantil. A partir deste fato, a polícia descobriu o IP do computador dele e o endereço físico, explica o delegado.
“A gente detectou esta atividade suspeita dentro da deep web. Passamos a monitorar o desenvolvimento da atividade dele, até que ele cometeu alguns erros. Foi aí que conseguimos obter o número da máquina que ele usava (IP). Assim, pedimos mandado de busca e apreensão e fizemos a prisão dele em flagrante”, explica o delegado.
Segundo Arid, o advogado é suspeito de participar de um campeonato da deep web, dentro dos grupos clandestinos, para ver quem conseguia, até o final de semana, baixar o maior volume de material de pornografia infantil.
“Tivemos um pouco de dificuldade para encontrar o material nos computadores, porque é um cidadão que tem bastante experiência em segurança de informática”, diz o delegado.
Segundo a polícia, foi alto o volume de material de estupro infantil armazenado. Não foram encontrados entre os arquivos indícios de participação do advogado, o que caracterizaria estupro de vulnerável.
O advogado foi preso em flagrante pelo crime de armazenamento de material de pornografia infantil. Como não foram encontrados sinais de compartilhamento dos arquivos, foi concedido a ele o direito de responder ao crime em liberdade, desde que pagasse fiança estabelecida pela delegada da Mulher Margareth Franco. No fim da tarde, o pagamento foi feito e ele, liberado. Não foi informado o valor da fiança estabelecida pela delegada. Caso isso não acontecesse, ele seria encaminhado para a carceragem da Divisão Especializada em Investigações Criminais de Rio Preto (Deic).