Preocupação com metanol faz Monte Líbano suspender venda de bebidas destiladas

O presidente do Monte Líbano, Hugues Rezende Souza, anunciou a suspensão preventiva da venda de bebidas destiladas em todos os bares do clube, na sede em Rio Preto e no clube de campo em Mirassol. A decisão veio após recomendação do Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo (Sindi Clubes), diante da repercussão de casos envolvendo suspeita de adulteração de bebidas com metanol.

Segundo o presidente, todos os bares do Clube Monte Líbano, terceirizados, foram notificados imediatamente após a publicação do comunicado nas redes sociais da instituição. “Determinamos que suspendessem a venda de destilados até que se tenha mais clareza em relação às investigações conduzidas pelas autoridades”, afirmou.

O dirigente destacou que a decisão é uma medida de precaução, para evitar que um frequentador do clube corra o risco de ingestão de bebida destilada adulterada com metanol, enquanto não forem descartados novos pontos de venda de bebidas "batizadas" no Estado.

“O maior bem que nós temos é a vida. Toda medida preventiva é importante, especialmente em um clube onde as pessoas vão em busca de lazer e diversão. Temos que preservar o bem-estar dos associados e visitantes”, disse.

O Monte Líbano recebe, em média, mais de 20 mil pessoas por semana, segundo a administração. Para este final de semana, está previsto o encontro de carros antigos, que contará apenas com venda de cervejas e refrigerantes, sem a oferta de bebidas destiladas.

Até o momento, o clube não recebeu nenhuma orientação formal da Vigilância Sanitária municipal ou estadual sobre o assunto. “Foi uma decisão própria, adotada exclusivamente para garantir a segurança dos frequentadores”, concluiu o presidente.

Confira o comunicado do Sindicato dos Clubes

"Diante dos recentes e preocupantes acontecimentos envolvendo a comercialização de bebidas adulteradas, cujo consumo já resultou em graves consequências, incluindo a perda de vidas e danos irreparáveis à saúde de consumidores, torna-se imprescindível que tomemos medidas imediatas para mitigar riscos e proteger nossas agremiações.

Por tais razões, recomendamos que os clubes suspendam, de forma preventiva e temporária, a venda de destilados, até que haja maior clareza sobre a origem deste problema e a definição de medidas seguras para sua resolução.

Essa decisão visa proteger tanto os consumidores quanto a reputação de nossos clubes, demonstrando cuidado e responsabilidade diante de uma questão de tamanha gravidade".

Diretoria Sindi Clubes