Diário da Região
OPERAÇÃO

Polícia Civil de Rio Preto prende nove suspeitos de aplicar golpe

Ao todo, 40 pessoas de Rio Preto foram vítimas dos criminosos

por Marco Antonio dos Santos
Publicado em 03/08/2022 às 21:53Atualizado em 04/08/2022 às 08:24
Viatura durante mandado de prisão no Mato Grosso (Divulgação/Polícia Civil)
Viatura durante mandado de prisão no Mato Grosso (Divulgação/Polícia Civil)
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A Polícia Civil de Rio Preto prendeu nove homens na manhã desta quarta-feira, 3, no estado do Mato Grosso, todos suspeitos de integrarem uma quadrilha de estelionatários que teria feito 40 vítimas em Rio Preto.

Com golpes aplicados desde o ano passado, a quadrilha enganava as vítimas com várias modalidades de estelionato. A principal tática era fingir ser parente das pessoas, sequestrando perfis no Facebook, Instragram e WhatsApp, para pedir dinheiro emprestado.

De acordo com levantamento da Polícia Civil de Rio Preto, o dinheiro tirado das vítimas era desviado para contas bancárias de pessoas sem antecedentes criminais que, cooptadas pela quadrilha, participavam dos golpes em troca de uma porcentagem da grana. As vítimas perderam de R$ 1 mil até R$ 50 mil em transferências bancárias.

As prisões ocorreram na Operação Miqueias – Parte2, realizada em conjunto com as polícias Civil e Militar do Mato Grosso. A primeira etapa da operação foi em abril de 2022. Liderados pelo delegado Luciano Birolli, integrantes do Serviço de Investigações Gerais (SIG), do 1º, 2º e 5º distritos policiais, apreenderam documentos e celulares de suspeitos de participar dos golpes.

Segundo o delegado coordenador João Lafayete Sanches Fernandes, após perícia, a investigação chegou a 12 suspeitos, que tiveram suas prisões preventivas decretadas pela Justiça de Rio Preto.

“Descobrimos que os suspeitos eram de Cuiabá e Várzea Grande, Mato Grosso. Estamos cumprindo 12 mandados de prisão preventivas contra a quadrilha, para desmantelar essa organização criminosa”, disse o delegado na manhã desta quarta. Três suspeitos não foram encontrados.

Com os nove suspeitos em mãos, a polícia vai iniciar uma nova fase de coleta de depoimentos, para descobrir mais sobre o funcionamento do esquema e se há mais pessoas envolvidas.

As investigações prosseguem para desvendar se a quadrilha contava com colaboração de pessoas com residência em Rio Preto, que ainda é uma das hipóteses.

Com base nos resultados das perícias de mais documentos e celulares apreendidos, além dos depoimentos dos suspeitos, Lafayete espera relatar o inquérito nas próximas semanas para entregar ao Ministério Público, que poderá oferecer denúncia contra os integrantes da quadrilha por associação criminosa, fraude financeira, falsidade ideológica e estelionato.

Todas as pessoas presas têm antecedentes criminais e há indícios de terem passagem por organizações criminosas de atuação nacional, como Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital.