Diário da Região
CRIME

Polícia prende quadrilhas especializadas em furtar cobre da rede elétrica

Os dois bandos derrubavam postes para ter acesso a 50 kg de cobre no interior de transformadores elétricos

por Marco Antonio dos Santos
Publicado há 1 horaAtualizado há 1 hora
Polícia Civil prende em Guaiçara, um dos suspeitos de integrar a quadrilha (Polícia  Civil)
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Polícia Civil prende em Guaiçara, um dos suspeitos de integrar a quadrilha (Polícia Civil)
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A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira, 5, seis homens suspeitos de integrar duas quadrilhas especializadas no furto de transformadores elétricos na região de Rio Preto. A ação, coordenada pelo Deinter 5, também cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Rio Preto, Lins, Promissão e Guaiçara, na região de Bauru.

Segundo a investigação, os grupos atuavam principalmente em áreas rurais, mas também em bairros e loteamentos residenciais mais afastados dos centros urbanos. Os suspeitos foram identificados pelo Centro de Inteligência Policial da Seccional de Rio Preto, com apoio das delegacias das cidades onde ocorreram os furtos. A investigação começou em julho, a partir de levantamentos realizados durante a Operação Cegueira Deliberada, que havia prendido comerciantes envolvidos na receptação de metais e recuperado toneladas de material furtado.

A apuração confirmou que se tratava de duas quadrilhas estruturadas, especializadas em furtar transformadores e reguladores de energia. Para dificultar a identificação dos crimes, os ladrões aproveitavam tempestades para derrubar os postes que sustentavam os equipamentos. Com isso, moradores atribuíam a queda de energia às fortes chuvas, o que retardava a descoberta dos furtos.

Antes de desmontar os transformadores, os criminosos desligavam a rede elétrica para evitar descargas de alta tensão. Em seguida, derrubavam os postes, destruíam os equipamentos e extraíam o cobre, material de alto valor no mercado clandestino.

CPFL

A concessionária de energia eletrica CPFL informou por meio de nota que os 37 furtos de equipamentos da CPFL Paulista, ocorreram no segundo semestre de 2025, e a ção dos criminosos causou um impacto de R$ 2,7 milhões à companhia.

“Coibir esse tipo de crime é um serviço à população. Quem furta equipamentos elétricos sobrecarrega as redes elétricas, deixa o sistema de distribuição de energia mais suscetível às interrupções no fornecimento, os indivíduos que cometem o crime também estão colocando em risco as suas vidas”, afirma Orzila Ortega, consultora de relacionamento da CPFL Paulista.