Diário da Região
INVESTIGAÇÃO

Polícia Civil de Mira Estrela investiga ameaça de atentado a escola e cumpre mandado em Curitiba

As investigações tiveram início após a circulação de mensagens anônimas nas redes sociais que mencionavam um possível ataque violento à escola

por Marco Antonio dos Santos
Publicado em 09/07/2025 às 11:20Atualizado em 09/07/2025 às 18:11
Polícia Civil de Mira Estrela durante cumprimento de mandado em Curitiba (Polícia Civil/Divulgação)
Polícia Civil de Mira Estrela durante cumprimento de mandado em Curitiba (Polícia Civil/Divulgação)
Ouvir matéria

A Polícia Civil paulista investiga uma adolescente de 17 anos, de Curitiba (PR), suspeita de proferir ameaças de ataque contra uma escola estadual de Mira Estrela, na região de Rio Preto. Na manhã desta quarta-feira, 9 de julho, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa da suspeita, como parte da Operação Safe School, ação conjunta com a Polícia Civil do Paraná.

A investigação começou no dia 11 de junho, após uma estudante de 13 anos, acompanhada da vice-diretora da instituição de ensino, comparecer à delegacia de Mira Estrela para registrar um boletim de ocorrência de ameaça.

A estudante relatou ter recebido a ameaça por meio do aplicativo NGL, plataforma que permite o recebimento de mensagens anônimas no Instagram. As frases contidas na ameaça eram: "Mande isso para todas as turmas. O massacre acontecerá na hora do recreio. Quem tentar fugir vai ser morto ou morta. Igual do massacre de Suzano, ou de Realengo, ou de Columbine. Vai ter muito sangue”.

No decorrer das investigações, verificou-se que a remetente das mensagens era uma adolescente de 17 anos. Após a reunião de elementos probatórios, a Justiça autorizou a busca domiciliar, que resultou na apreensão de dispositivos eletrônicos, como celular e tablet, supostamente empregados no envio das mensagens.

Bullying

Em depoimento prestado na delegacia de plantão de Curitiba, a adolescente, acompanhada de seus pais, teria confessado a autoria das ameaças, justificando suas ações como consequência de ser vítima constante de bullying na escola onde estuda.

Apesar do teor alarmante das mensagens, a Polícia Civil esclareceu que não foram detectados indícios de planejamento efetivo para a execução de um atentado. A adolescente responderá ao processo em liberdade, contudo, foi orientada a abster-se do uso de redes sociais.

A corporação enfatiza que qualquer ameaça direcionada a instituições de ensino será tratada com rigor, e que ações que visem à instauração de pânico social serão investigadas e responsabilizadas conforme a legislação vigente.

As investigações prosseguem para o aprofundamento da apuração dos fatos e a análise do conteúdo apreendido.