Diário da Região
OPERAÇÃO REMITTERE

Operação da Polícia Federal mira suspeitos de lavagem de dinheiro em Rio Preto

Ação investiga organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro mediante ações de operador financeiro

por Redação
Publicado há 7 horasAtualizado há 1 hora
Policial federal durante cumprimento de mandado de busca (Divulgação)
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Policial federal durante cumprimento de mandado de busca (Divulgação)
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A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, 18, operação para apurar a atuação de uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro mediante operador financeiro. A PF identificou a movimentação ilícita de R$ 45 milhões de uma empresa de Rio Preto.

“Identificamos que a empresa, registrada como corretora de seguros, jamais funcionou de fato — não tinha funcionários nem atividade formal, mas movimentava valores milionários”, disse o delegado Alexandre Manoel Gonçalves, responsável pelo caso. A investigação mostrou que os recursos tinham origem em crimes como tráfico de drogas, contrabando de caminhões e extração ilegal de ouro.

Trinta policiais federais cumpriram oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Manicoré (AM), Humaitá (AM), Cruz (CE) e Rio Preto.

As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Federal de São Paulo.

As investigações tiveram início após a PF identificar um grupo criminoso especializado em lavagem de dinheiro com a atuação de operador financeiro que movimentava contas de empresas em nomes de laranjas, para lavar capitais oriundos de tráfico de drogas, contrabando e descaminho e extração ilegal de ouro.

Iniciada em Rio Preto, a investigação apontou que a empresa recebia os recursos e, de forma fracionada, distribuía para os destinatários. “Várias pessoas que detinham esses recursos tinham passagem pela polícia por tráfico, contrabando e descaminho e até extração ilegal de ouro, possivelmente algumas delas eram vinculadas a facção criminosa,” disse o delegado.

Os investigados poderão responder pelos crimes de Lavagem de Dinheiro e Organização criminosa.

A operação foi batizada de Remittere, verbo latim do qual deriva a palavra portuguesa "remeter", significando enviar de volta.