Operação da Polícia Federal mira suspeitos de lavagem de dinheiro em Rio Preto
Ação investiga organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro mediante ações de operador financeiro

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, 18, operação para apurar a atuação de uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro mediante operador financeiro. A PF identificou a movimentação ilícita de R$ 45 milhões de uma empresa de Rio Preto.
“Identificamos que a empresa, registrada como corretora de seguros, jamais funcionou de fato — não tinha funcionários nem atividade formal, mas movimentava valores milionários”, disse o delegado Alexandre Manoel Gonçalves, responsável pelo caso. A investigação mostrou que os recursos tinham origem em crimes como tráfico de drogas, contrabando de caminhões e extração ilegal de ouro.
Trinta policiais federais cumpriram oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Manicoré (AM), Humaitá (AM), Cruz (CE) e Rio Preto.
As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Federal de São Paulo.
As investigações tiveram início após a PF identificar um grupo criminoso especializado em lavagem de dinheiro com a atuação de operador financeiro que movimentava contas de empresas em nomes de laranjas, para lavar capitais oriundos de tráfico de drogas, contrabando e descaminho e extração ilegal de ouro.
Iniciada em Rio Preto, a investigação apontou que a empresa recebia os recursos e, de forma fracionada, distribuía para os destinatários. “Várias pessoas que detinham esses recursos tinham passagem pela polícia por tráfico, contrabando e descaminho e até extração ilegal de ouro, possivelmente algumas delas eram vinculadas a facção criminosa,” disse o delegado.
Os investigados poderão responder pelos crimes de Lavagem de Dinheiro e Organização criminosa.
A operação foi batizada de Remittere, verbo latim do qual deriva a palavra portuguesa "remeter", significando enviar de volta.