Diário da Região
INSTITUTO ASA BRANCA

ONG vai amparar peões vulneráveis

por Marco Antonio dos Santos
Publicado há 3 horas
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A viúva do lendário locutor de rodeios Asa Branca, Sandra Maria Asa Branca dos Santos, anunciou a criação do Instituto Asa Branca, entidade voltada para apoiar peões em fim de carreira ou que, após acidentes, estejam impedidos de ficar no ramo. A documentação já foi registrada em cartório, e o grupo aguarda apenas a liberação do CNPJ para iniciar as atividades.

Batizado como Waldemar Ruy dos Santos, Asa Branca morreu em razão de um câncer na garganta, aos 57 anos, em São Paulo, no dia 4 de fevereiro de 2020. Ele também sofria de complicações decorrentes do vírus HIV, além de ter contraído criptococose (doença do pombo).

Segundo Sandra, o instituto nasce do sonho de Asa Branca de amparar peões de rodeio que encerram a carreira sem uma nova profissão. “A ideia é oferecer capacitação profissional. Muitos peões terminam o ciclo no rodeio sem perspectiva, e alguns acabam indo para as drogas. Queremos ajudá-los a recomeçar”, afirmou.

O projeto prevê parcerias com instituições como Senai, Sesi e empresas privadas para garantir formação e inserção no mercado de trabalho. “Se a pessoa estiver em situação de dependência, vamos encaminhar para uma clínica, depois para cursos profissionalizantes e, por fim, buscar uma colocação. É um trabalho de reconstrução de vida”, disse.

Ainda em fase inicial, Sandra pretende instalar a sede do Instituto no bairro da Mooca, em São Paulo, e quer facilitar o acesso dos peões que vivem no interior a chegar até à estrutura. “Estamos começando do zero, sem parceria com sindicatos ou associações. Mas é um projeto que nasceu do coração, para continuar o legado do Asa”, completou.

O Instituto Asa Branca também manterá presença nas redes sociais, onde divulgará informações sobre as primeiras ações e formas de participação.