Diário da Região
ESTELIONATO

Em sete horas, polícia de Rio Preto registra seis boletins de ocorrência de golpes

As vítimas foram enganadas de formas variadas e tiveram prejuízo, somado, de cerca de R$ 285 mil

por Maria Fernanda Rufino
Publicado há 3 horasAtualizado há 3 horas
Central de Flagrantes (Joseane Teixeira (arquivo))
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Central de Flagrantes (Joseane Teixeira (arquivo))
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Em um período de sete horas, foram registrados seis boletins de ocorrência de golpes na Central de Flagrantes de Rio Preto, nesta segunda-feira, 27. Seja por ligação telefônica ou pela internet, pessoas de todas as idades e classes sociais acabaram se tornando vítimas de estelionatários.

Os casos

Em um dos casos, um auxiliar de mecânico de 50 anos recebeu uma ligação de um suposto delegado, dizendo ser ligado à Vara da Infância e afirmando que a vítima havia cometido um crime de sedução de menor. Em razão do crime, a vítima deveria pagar R$ 15 mil.

A vítima afirmou não ter condições de pagar a quantia naquele momento. O criminoso então pressionou que fizesse o pagamento de uma adiantamento de R$ 500. O auxiliar de mecânico precisou pedir o valor emprestado a um colega de trabalho. Algumas horas depois, o mesmo golpista voltou a ligar exigindo outro pagamento e fazendo perguntas sobre a data de recebimento do salário do auxiliar, o que gerou suspeitas sobre um golpe na vítima.

Em outro caso, um empresário de 31 anos perdeu R$ 280 mil em um golpe de um suposto consórcio. No dia 6 de outubro, a vítima foi recomendada por um consultor financeiro contratado para cuidar das finanças de sua empresa a fazer um consórcio. O declarante assinou toda a documentação acreditando na recomendação dada. Foram feitas três transferências nos valores de R$ 6.400, R$ 93.600 e R$ 180 mil, totalizando R$ 280 mil.

No dia 21 de outubro, o consultor financeiro entrou em contato com a vítima informando que não existia nenhuma carta de crédito e que havia sido um golpe. Afirmou ainda estar igualmente surpreso com o golpe, pois conhecia o golpista de uma empresa que trabalhavam juntos e já havia indicado o mesmo a outros clientes, que não tiveram o mesmo problema.

Uma aposentada de 63 anos caiu no golpe do falso parente, no qual um golpista entra em contato com a vítima se passando por algum membro da família e pede transferências de valores.

De acordo com o boletim de ocorrência, a aposentada recebeu mensagens de WhatsApp de um número de DDD 11 se passando por seu filho, tendo inclusive a mesma foto do filho da vítima. O golpista alegou que o telefone havia quebrado e que precisava pagar uma conta, pedindo para que a "mãe" fizesse uma transferência Pix de R$ 1.998. Apenas depois ela descobriu se tratar de um golpe.

Todos os casos serão encaminhados aos distritos policiais responsáveis para investigação.

*Estagiária sob supervisão de Bruno Ferro