MP de Rio Preto denuncia 38 por integrarem organização criminosa na 'guerra de gangues'
Entre os denunciados estão 18 mulheres; promotores pedem o bloqueio de contas e valores

O Ministério Público de Rio Preto denunciou 38 pessoas – 18 delas mulheres, por organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro relacionada a guerra de gangues, que resultou em dezenas de homicídios motivados por vingança.
De acordo com as investigações, a organização criminosa estabelecida nos bairros João Paulo II, Vila Toninho e Solidariedade atuava principalmente na venda de cocaína e rivalizava com traficantes dos bairros Santo Antônio, Jardim Arroyo, Vila União, Nova Esperança e Parque da Cidadania, onde predomina o tráfico de maconha.
O MP aponta Kalyson Signorini de Ângelo Macedo como liderança da organização criminosa, que possuía armas, carros e motocicletas a serviço do crime. Rian Lucas Braga Vieira da Silva é considerado braço direito de Kalysson, segundo as investigações da Polícia Civil.
Cabia às mulheres a função principal de armazenar e vender drogas, mas há também criminosas apontadas como responsáveis por esconder armas e pela movimentação financeira do grupo.
Além de denunciar 38 pessoas, o Ministério Público requereu o bloqueio de todas as contas bancárias dos denunciados e a quebra do sigilo bancário com extrato de toda movimentação (PIX, TED, DOC) no período de fevereiro de 2024 a maio de 2025.
Grande parte dos denunciados já está presa.
A denúncia, assinada pelos promotores Herico Destéfani, Horival Marques Júnior e Evandro Ornelas Leal, foi apresentada nesta quarta-feira, 17 e será analisada pela Justiça.