Marcha e seminário marcam o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Rio Preto será palco, nos dias 18 e 19 de julho, de duas ações voltadas à valorização da luta das mulheres negras: o seminário "Do Silenciamento ao Protagonismo: Existências de Mulheres Negras" e a 3ª edição da Marcha das Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas. Ambos os eventos integram a agenda do 25 de Julho, data reconhecida internacionalmente como o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e, no Brasil, como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
O seminário será realizado na sexta-feira, 18, das 8h às 12h, no auditório da Unesp de Rio Preto, com a presença de lideranças, pesquisadoras, ativistas e profissionais negras. A programação prevê um espaço de formação política e troca de saberes, com foco nos apagamentos históricos sofridos por mulheres negras e em suas estratégias de resistência nas áreas da saúde, justiça, cultura, arte e políticas públicas. A participação é gratuita, mediante inscrição pelo site do Conselho Regional de Psicologia.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo link: http://www.crpsp.org/evento/view/1307
Marcha
Já a marcha está marcada para sábado, 19, com concentração a partir das 9h na Praça Rui Barbosa, no Centro da cidade. A manifestação deve reunir coletivos, movimentos sociais, instituições e apoiadores para denunciar o racismo estrutural, o sexismo e as diversas formas de violência ainda presentes na sociedade brasileira.
“A Marcha é um ato de resistência, celebração, cultural e ancestral. Ela rompe o silêncio histórico ao qual as mulheres negras foram submetidas, e reafirma que essas mulheres não são coadjuvantes de suas histórias, mas protagonistas de transformações sociais, políticas e culturais”, destaca a organização do evento.
De acordo com os organizadores, a marcha também busca chamar a atenção para os impactos desiguais que recaem sobre as mulheres negras, como a violência institucional, o racismo religioso e o acesso limitado à saúde, educação e oportunidades no mercado de trabalho. “Porque marchar é um ato de vida. E quando uma mulher negra se levanta, toda a estrutura social é confrontada com a possibilidade da transformação”, afirma o texto de convocação.
As atividades são organizadas por uma rede de coletivos e instituições que atuam em defesa dos direitos humanos e da equidade racial e de gênero, como o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, Prefeitura de Rio Preto, Unesp, OAB, Conselho Municipal Afro, CMDM, Grupo Mulheres do Brasil, entre outros.