Justiça concede prisão domiciliar a empresária de Rio Preto acusada de fraude em pátio de veículos
Mulher foi presa em Rio Preto na semana passada, durante uma operação conjunta das policiais civis de São Paulo e Sergipe
Uma empresária de Rio Preto, detida na semana passada sob suspeita de envolvimento em um esquema de venda irregular de carros de luxo apreendidos em Aracaju (SE), teve sua prisão preventiva convertida em prisão domiciliar, conforme decisão da juíza Soraia Gonçalves de Mello, da 2ª Vara Criminal de Aracaju.
A prisão domiciliar foi concedida porque a empresária alegou ser responsável pelos cuidados de uma irmã que está em tratamento contra o câncer agressivo em metástase, sem possibilidade cirúrgica ou indicação de quimioterapia, necessitando de ajuda 24 horas por dia.
Além disso, a magistrada determinou que a empresária use tornozeleira eletrônica, compareça mensalmente à Justiça, não faça qualquer tipo de contato com réus e testemunhas do caso, e está proibida de deixar Rio Preto sem autorização judicial.
Acusação
A empresária, proprietária de um pátio de veículos apreendidos do Detran, estava presa na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, a 295 km de Rio Preto. Segundo a Polícia Civil de Sergipe, ela é suspeita de usar laudos falsos para classificar carros de luxo como sucata. Esses veículos seriam então vendidos a preços muito baixos por "laranjas", e posteriormente a empresária os recomprava para revender pelos valores da tabela Fipe.
Defesa
O advogado da empresária, Edlenio Barreto, solicitou a liberdade provisória alegando que não havia mais requisitos para a manutenção da prisão cautelar. Ele destacou que a empresária não possui antecedentes criminais, tem residência fixa e que sua empresa rescindiu o contrato de concessão com o Detran de Sergipe, não tendo mais acesso aos sistemas.
Em nota, o advogado informou que a liberdade da empresária foi restituída após a repercussão de sua prisão, ocorrida na última quarta-feira, 16 de julho, durante a Operação Mutação. A operação foi deflagrada pelo Centro de Operações Especiais da Polícia Civil de Aracaju, com o apoio da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Rio Preto.
A defesa afirmou que, a partir de agora, poderá atuar com serenidade e segurança técnica no processo, visando assegurar os direitos e garantias fundamentais da investigada.