Diário da Região
DESPEDIDA

Igreja de Rio Preto lota na missa de despedida da Irmã Terezinha

Religiosa morreu na noite de domingo por infecção generalizada no Hospital de Base de Rio Preto

por Marco Antonio dos Santos
Publicado há 6 horasAtualizado há 2 horas
Igreja lota durante missa do velório da irmã Terezinha (Comunicação Arquidiocese de Rio Preto)
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Igreja lota durante missa do velório da irmã Terezinha (Comunicação Arquidiocese de Rio Preto)
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A missa de corpo presente da Irmã Terezinha, realizada nesta segunda-feira, 20, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, em Rio Preto, foi marcada por emoção, fé e homenagens à religiosa. Ela é considerada um símbolo do trabalho social junto à população em situação de vulnerabilidade.

Missionária dedicada às pessoas em situação de rua e ao cuidado de crianças carentes, Irmã Terezinha foi lembrada como exemplo de serviço ao próximo e entrega à vida missionária. A religiosa morreu aos 67 anos, de infecção generalizada, no Hospital de Base de Rio Preto.

Durante a celebração, o vigário geral da Arquidiocese, padre Edvaldo Calazans, emocionou os fiéis ao falar sobre a trajetória da missionária e sua sensibilidade diante do sofrimento humano.

“Definir a Irmã Terezinha seria empobrecer tudo o que ela foi. Ela era uma mão estendida aos necessitados. Uma mulher que tinha as suas dores. Era uma doutora de alma ferida. “Ela construía pontes, fazendo com que enxergássemos coisas que não queríamos enxergar. Ela nos fazia ver a carne de Cristo nas chagas da sociedade. Ela amou os pobres e conviveu com eles. Na sua humildade, ela se fez grande”, afirmou o vigário geral.

Padre Sander Marcos de Freitas Vieira, do Instituto Missionário Imaculado Coração de Maria, destacou a simplicidade e a entrega de Irmã Terezinha à missão de servir aos mais necessitados.

“Queremos agradecer os amigos da Ir. Terezinha. Lutamos pela saúde dela. Ela cuidou dos outros, mas não cuidou de si. Foi amada pelo povo. Está indo em paz: cuidou do pobre, se fez pobre. Na sua humildade, se fez grande. Fica o legado de uma história linda. Nada para si. Sempre socorrendo os outros”, disse o sacerdote

A celebração reuniu membros da Igreja Católica, representantes de entidades sociais e dezenas de fiéis que conviveram com a missionária ao longo de sua trajetória. Entre lágrimas e orações, todos destacaram a grandeza de sua vida dedicada aos pobres e a certeza de que sua obra continuará inspirando gerações.

Embora não tenha participado da missa, o arcebispo metropolitano de Rio Preto, dom Antonio Emidio Vilar, enviou uma mensagem destacando o legado deixado pela religiosa e a esperança cristã na ressurreição.

“Nesse momento de pesar, pela Páscoa da Irmã Terezinha, renovamos nossa fé na ressurreição garantida por Cristo! Isso torna mais leve o fardo da morte. A Irmã Terezinha seguirá viva nos trabalhos que realizou e nos empobrecidos que acolheu. Cristo a acolha em seus braços de Bom Pastor ao lhe dizer: ‘o que fizestes aos pequeninos a mim o fizestes!’”, disse o arcebispo.

“A nossa Arquidiocese e o Instituto Missionário a que ela pertencia choram sua partida e rezam por seu eterno descanso. Que Deus envie novas vocações consagradas assim dispostas a continuar a missão da Irmã Terezinha.”

Após a missa, o corpo da religiosa foi transladado para ser sepultado no cemitério municipal de José Bonifácio.