Hospital de Rio Preto realiza cirurgia inédita de implante de prótese auditiva
Entre as vantagens, está a configuração do aparelho via bluetooth, diretamente pelo smartphone; com ele, será possível também atender chamadas e ouvir música
O Hospital Instituto de Otorrinolaringologia de Rio Preto (Hiorp) vai realizar, no próximo sábado, 24, uma cirurgia inédita no interior de São Paulo. Na ocasião, o paciente, que não teve a identidade divulgada, receberá um implante de prótese auditiva por condução óssea.
O procedimento será liderado pelo otorrinolaringologista Adriano Guimarães Reis e realizado pela equipe de fonoaudiologia formada pelas médicas Erica Picoli, do Hiorp, e Janaina Bosso, da Hören Soluções Auditivas, representante oficial da fabricante da prótese na região.
A cirurgia foi realizada pela primeira vez em maio, na cidade de Londrina (PR), onde a mesma prótese foi implantada em um adolescente de 14 anos com perda auditiva completa em um dos ouvidos.
Segundo a empresa responsável pela fabricação da prótese, o aparelho capta os sons do ambiente através de um processador, que transmite digitalmente para o implante, enviando as vibrações até o osso do crânio.
Então, o som é processado naturalmente pelo ouvido interno, facilitando a compreensão pelo usuário, pois esse método oferece mais precisão e nitidez na captação. Após a cirurgia, que dura em torno de 30 minutos, o paciente deverá aguardar entre 30 e 45 dias até a completa cicatrização do local para ativar o implante, procedimento feito pela fonoaudióloga responsável.
Entre as vantagens, está a configuração do aparelho via bluetooth, diretamente pelo smartphone. Fones de ouvido com a mesma tecnologia bluetooth também podem ser usados pelos implantados. Além disso, é possível alterar o volume, a programação e até buscar a localização do aparelho.
Com ele, também é possível atender chamadas e ouvir música. “A tecnologia de aparelhos auditivos e implantas está tão avançada que, hoje, a capacidade de adaptação dos pacientes a eles é muito maior do que alguns anos atrás. Todos nós conhecemos pessoas com perda auditiva que já se queixaram de aparelhos, mas hoje a tecnologia é muito voltada para o paciente e seu bemestar”, ressaltou a médica Janaína.