Diário da Região
SAÚDE

Hospital de Base faz Simpósio de Segurança do Paciente

Foco do evento é na segurança de recém-nascidos e crianças; um dos destaques, e diferencial do HCM, é que pais acompanham médicos e equipe multidisciplinar na visita ao filho ao leito

por Redação
Publicado há 4 horasAtualizado há 1 hora
Visita de equipe multidisciplinar, em que profissionais interagem com pais de paciente no HCM (Divulgação)
Visita de equipe multidisciplinar, em que profissionais interagem com pais de paciente no HCM (Divulgação)
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Em celebração ao Dia Mundial da Segurança do Paciente, comemorado nesta quarta-feira, 17, a Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto (Funfarme) promove o 5º Simpósio de Segurança do Paciente. Neste ano, o foco do evento é o cuidado com recém-nascidos, bebês e crianças, além de reforçar aos participantes a importância de práticas seguras, humanizadas e baseadas em evidências desde os primeiros momentos de vida.

O Simpósio acontece no anfiteatro do mezanino do Hospital de Base e reúne mais de 80 profissionais de hospitais da região noroeste e da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (Rebraensp), parceira organizadora.

A programação conta com palestras e debates sobre práticas seguras na neonatologia, comunicação efetiva com familiares, o papel da enfermagem no cuidado seguro e a importância da alta responsável. Acontece ainda uma mesa redonda interprofissional, promovendo troca de experiências entre especialistas e profissionais da região e estimulando a adoção de protocolos que impactam diretamente na segurança do paciente pediátrico.

Diferencial

Diferencial do Hospital da Criança e Maternidade (HCM), a comunicação efetiva com a família é um dos temas do simpósio dado os enormes benefícios e resultados positivos para a saúde do recém-nascido ou criança em tratamento e até após a alta hospitalar, com a criança e família já em casa.

Pais são convidados a estarem ao lado dos médicos e demais profissionais das equipes multidisciplinares nas visitas a seus filhos nas UTIs pediátrica e cardiológica, permitindo acompanhar de perto o tratamento e a evolução clínica dos filhos e esclarecer dúvidas. “Essa prática fortalece a comunicação efetiva com as famílias, prepara os responsáveis para os cuidados após a alta e torna-se um dos principais diferenciais do hospital”, afirma a enfermeira coordenadora da linha pediátrica do HCM, Ana Cláudia Sangali.

A presença dos pais também permite à equipe multidisciplinar avaliar com precisão o nível de preparação dos familiares para cuidar da criança após alta hospitalar. “Essa comunicação faz com que eles se sintam mais seguros e conscientes sobre o momento da alta e os cuidados que precisarão ser mantidos em casa. Ao mesmo tempo, permite que os profissionais avaliem como essa família poderá exercer seu papel na recuperação da criança”, explica a psicóloga Andressa Zacheo.

Para os pais, participar desse processo significa também acolhimento emocional. A presença ativa junto à equipe reduz a ansiedade durante a internação, fortalece o vínculo com o filho e transmite confiança no tratamento oferecido. Em um momento delicado, em que cada detalhe faz diferença, a abertura ao diálogo se torna uma forma de cuidado que vai além do aspecto técnico e alcança também a dimensão humana.