Estacionamento irregular termina em confusão, resistência e suspeita de embriaguez ao volante em Rio Preto
Os policiais relataram que o condutor apresentava sinais evidentes de embriaguez e não possuir habilitação; já o condutor e a mulher disseram que voltavam de compras e que houve uso excessivo de força por parte dos policiais

Uma abordagem da Polícia Militar na noite de sábado, 27, terminou em confusão, luta corporal e registro de múltiplos crimes de trânsito e contra a administração pública, no bairro Residencial Palestra, em Rio Preto. A ocorrência foi registrada como resistência, desacato, lesão corporal recíproca e embriaguez ao volante, além de infrações administrativas previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Conforme o boletim de ocorrência, policiais militares realizavam patrulhamento quando perceberam um veículo estacionado irregularmente em via pública. Ao se aproximarem para orientar o condutor, ele teria desobedecido à ordem de parada e fugido, mesmo após sinais luminosos e sonoros da viatura. Após breve acompanhamento, o veículo foi abordado nas proximidades da residência do motorista.
Ainda segundo os policiais, no momento da abordagem o condutor desceu do veículo e investiu contra um dos agentes, dando início a uma luta corporal. A mulher que o acompanhava também teria interferido, desferindo tapas e arranhões contra os policiais, dificultando a contenção. Foi necessário o uso moderado da força e de algemas para imobilizar o motorista, a fim de garantir a segurança dos envolvidos.
Os policiais relataram que o condutor apresentava sinais evidentes de embriaguez, como odor etílico, olhos avermelhados e fala pastosa, além de ter confessado ingestão de bebida alcoólica e admitido não possuir habilitação. O veículo foi recolhido administrativamente e encaminhado ao pátio, com a lavratura de sete autuações de trânsito.
Já o condutor e a mulher apresentaram versão diferente. Eles afirmaram retornarem de compras e que o motorista teria parado brevemente para realizar um pagamento via Pix, não percebendo que se tratava de uma abordagem policial. Segundo o relato, a situação teria se agravado quando chegaram à frente da residência, ocasião em que, afirmam, houve uso excessivo de força por parte dos policiais. A mulher negou ter agredido os agentes, dizendo que apenas tentou impedir que o companheiro fosse contido bruscamente.
Todos os envolvidos apresentaram lesões leves, como escoriações e arranhões, sendo encaminhados para exames no Instituto Médico Legal. O motorista concordou em realizar exame de dosagem alcoólica por coleta de sangue, procedimento feito na UPA Tangará, seguindo protocolos de cadeia de custódia. O resultado do laudo ainda é aguardado.
A Polícia Civil destacou haver versões conflitantes sobre os crimes de desacato e resistência, e que a caracterização da embriaguez ao volante depende da conclusão dos exames técnicos. O caso foi encaminhado ao 6º Distrito Policial, que dará continuidade às investigações, com análise de laudos, oitiva de testemunhas e eventual verificação de imagens de câmeras de segurança da região.