Entulho usado pela Prefeitura em pavimentação escorre para avenida em Rio Preto

A chuva que caiu sobre Rio Preto nos últimos dias fez escorrer para o asfalto os restos de entulho utilizados pela Prefeitura de Rio Preto para pavimentação do acostamento na avenida Danilo Galeazzi. Em setembro, especialista ouvido pelo Diário afirmou que a técnica não tinha respaldo na engenharia, no entanto, a Secretaria de Serviços Gerais informou que se tratava apenas de um “aterramento emergencial”.

Fotos enviadas por moradores da região nesta terça-feira, 16, mostram grande quantidade de pedras espalhadas na rotatória que liga a Galeazzi à avenida Davi Ferreira da Rocha (anel viário), gerando risco de queda para motociclistas e derrapagem de veículos nos cruzamentos.

Ainda nesta terça, equipe de limpeza da Prefeitura passou pelo local, mas deixou parte dos resíduos para trás.

“Nem adianta eles irem lá fazer a limpeza, eles têm que arrumar o problema que eles fizeram. Porque vai chover e o entulho desce tudo para a avenida de novo, até causar um acidente”, alerta o comerciante Leandro Gasparin.

Ao Diário, o engenheiro Irineu Polachini disse que o uso de restos de construção não é recomendado em pavimentação de ruas.

"É uma forma de improviso de compactação de solo sem respaldo de normas técnicas na engenharia. Entulhos e restos de construção podem conter pedaços de ferro, pregos e parafusos. Com o desgaste natural do asfalto, esses objetos se tornam verdadeiras armadilhas para os motoristas. Vão furar muitos pneus", advertiu.

A reportagem solicitou posicionamento da Secretaria de Serviços Gerais sobre o problema. O conteúdo será atualizado em breve.