Duas professoras da região de Rio Preto são finalistas do Prêmio Educador Nota 10
Conheça os projetos de duas professoras da região de Rio Preto que são finalistas do Prêmio Educador Nota 10; objetivo é eleger as mais importantes ações educacionais aplicadas durante a pandemia



As professoras Lucia Maria Dalbello e Rosalina de Lázaro estão entre as 50 educadoras finalistas do Prêmio Educador Nota 10. Os projetos delas foram desenvolvidos em escolas públicas e estão entre os melhores durante a pandemia do coronavírus.
Em Rio Preto, a professora de atendimento educacional especializado Lucia Maria desenvolveu um método de aprendizado específico para a aluna Ísis Wendrel, 6 anos, que tem deficiências visual e auditiva. Já Rosalina, que é educadora física, aplicou atividades lúdicas a seus estudantes e a iniciativa ganhou as redes sociais.
Lucia conta que o principal objetivo do projeto “Conhecendo o mundo pelo tato” foi ajudar no processo de alfabetização de Ísis. “Procurei trabalhar com ela a questão do tato, mas com a pandemia foi um desafio. Foi uma parceria muito forte com a mãe para o desenvolvimento da Ísis”, contou.
“Desenvolvemos atividades, como fazer ela dar banho na boneca, para sentir a água. Outra coisa foi explorar bastante objetos da natureza, como pegar areia, galhos. Temas que a professora (rede básica) trabalhava em sala de aula, adaptamos com o tato para a Ísis também acompanhar”, explicou.

Prêmio
O Prêmio Educador Nota 10 foi criado em 1998 pela Fundação Victor Civita. Reconhece e valoriza professores e gestores escolares da Educação Infantil ao Ensino Médio de escolas públicas e privadas de todo o País. Ao longo das últimas 23 edições foram recebidos mais de 75 mil projetos, e premiados 251 educadores, entre professores e gestores escolares. A data de divulgação do grande campeão neste ano ainda não foi divulgada.

Atualmente, Ísis está matriculada na escola municipal Amaury de Assis Ferreira. Na época do projeto, ela era atendida pelo Atendimento Educacional Especializado da escola Rollemberg Sampaio. Ísis também recebe atendimento do Instituto dos Cegos de Rio Preto, onde desenvolve atividades para o seu desenvolvimento.
“Confesso que não pretendia me inscrever para a premiação, mas por estímulo de colegas resolvi tentar. Foi uma surpresa quando me ligaram em janeiro. Mas fico mais feliz pelo desenvolvimento da Ísis”, diz Lucia.
A educadora física Rosalina de Lázaro é de Aspásia. Na pandemia, ela conseguiu reunir famílias da pequena cidade para relembrar brincadeiras antigas, como dominó, amarelinha, perna de pau, cinco marias. O projeto fez tanto sucesso que os vídeos compartilhados pelos alunos nas redes sociais estimularam famílias de outras cidades do Brasil.
“Foi impressionante o interesse e engajamento das famílias. Muita gente da cidade via no Facebook, não era aluno e pedia para participar. O mais gostoso é que os alunos brincavam com as famílias e tiravam até os avós do sofá”, contou a professora da escola estadual José dos Santos.
A instituição de ensino é a única da cidade de 1,8 mil habitantes que oferece aulas do 1º ano do ensino fundamental ao 3° ano do ensino médio. “Como é uma cidade pequena, todo mundo acabou conhecendo o projeto. Fiquei muito feliz com o resultado do projeto e estar na final praticamente coroa isso”, falou a autora do projeto “Brincadeiras de quintal”.