Diário da Região
CASO GEOVANI

Delegado diz que indiciará pai e filho por morte em bar

por Joseane Teixeira
Publicado há 6 horas
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Responsável pelo inquérito que investiga as circunstâncias da morte do serralheiro Geovani Svolkin da Silva, de 30 anos, em um bar de Rio Preto no dia 26 de outubro, o delegado Marcelo Ferrari, do 1º Distrito Policial, afirmou que vai indiciar o segurança Keven Igor Silveira Novaes, 25, por homicídio qualificado, e o pai dele, Devair Barbosa de Novaes, por porte ilegal de arma de fogo.

Ao Diário, Ferrari disse que analisou as imagens do circuito interno do bar para esclarecer divergências entre os depoimentos.

“Houve realmente um desentendimento dentro do estabelecimento, mas que foi rapidamente contido pelos seguranças. O Keven deixa o local logo em seguida com a família, mas é agredido pelo irmão de Geovani. A reação do segurança ao pegar a arma no carro seria legítima defesa se ele tivesse parado no primeiro disparo”, disse. Para Ferrari, a conduta se enquadra como homicídio qualificado por motivo torpe (vingança).

A arma utilizada pelo segurança no crime (uma pistola ponto 40) pertence ao pai de Keven, que é CAC (caçador, atirador e colecionador).

“Embora ele tenha a documentação regularizada da arma, ela não poderia estar acessível no carro, tampouco municiada, o que configura porte ilegal de arma de fogo de uso restrito”.

O segurança, que fugiu após o crime, é considerado foragido. Contra ele há um mandado de prisão temporária.

O advogado Renato Marão Lourenço já apresentou na delegacia a pistola e a camiseta que Keven utilizava no bar – e que foi rasgada na confusão. Na última semana, ele afirmou que o segurança se entregaria, caso a defesa tivesse acesso às provas do inquérito. Ferrari afirmou que aguarda alguns laudos para concluir o inquérito.

Geovani, que era morador de Potirendaba, foi morto a tiros no dia 26 de outubro, após briga entre duas famílias em um bar da Vila Bom Jesus, em Rio Preto.