15 de 974 presos não retornam da 'saidinha' temporária em Rio Preto
Dois já foram recapturados pela Polícia Militar entre ontem e hoje
Dos 974 presos beneficiados com a saída temporária de São João, 15 não retornaram ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Rio Preto na data prevista, que era segunda-feira, 23. A informação é da Vara de Execuções Criminais.
O número de evasões é o menor já registrado na comarca, que chegou a ter 60 foragidos.
Segundo informações da VEC, no dia 17 de junho, 826 presos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Rio Preto, 58 do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Icém, 42 do CDP de Riolândia, 15 do CDP de Paulo de Faria e 33 da Penitenciária de Riolândia deixaram as celas para aproveitar seis dias de convívio familiar.
Eles deveriam retornar às unidades prisionais na segunda-feira, 23.
Nos presídios da região, todos os reeducandos se apresentaram dentro do prazo. As evasões foram registradas apenas no CPP de Rio Preto.
Entre a noite de terça-feira, 24 e a manhã desta segunda, 25, dois dos 15 presos foram recapturados pela Polícia Militar. Um deles foi flagrado no bairro Cristo Rei usando a tornozeleira eletrônica. Ao infringirem as regras do benefício, eles poderão retornar ao regime fechado.
Esta é a primeira vez, em anos, que o número de detentos liberados fica abaixo de mil. O juiz Evandro Pelarin prevê o fim definitivo das "saidinhas" em 2030, mas o coordenador da Comissão de Política Criminal e Penitenciária da OAB Rio Preto, Gabriel Cornelio, acredita que, antes disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve derrubar o cancelamento das saídas temporárias, aprovado no ano passado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Drogas
Após o fim do benefício, agentes penitenciários do CPP de Rio Preto realizaram varreduras nos pavilhões e apreenderam 53 porções de maconha.
Sete delas foram localizadas no bolso da bermuda de um detento de 25 anos. Três na cueca de outro preso, de 38 anos. E 43 escondidas em locais como buracos e latas de lixo.
Procedimentos disciplinares foram instaurados para investigar como os entorpecentes entraram no presídio.
