Engenheiro acha carteira, investiga até no Serasa e encontra o dono em Rio Preto
Depois de achar carteira com dinheiro, cartões de crédito e documentos, Vitor Nobre buscou pistas em redes sociais, no banco de dados do Serasa e percorreu a esmo a Estância Bortoluzzo até encontrar o dono; exemplo de honestidade e persistência

Que esforço alguém é capaz de fazer para devolver algo que não é seu? O engenheiro civil Vitor Nobre fez “investigação” pelas redes sociais, consultou o banco de dados do Serasa e percorreu a Estância Bortoluzzo, em Rio Preto, sem saber onde morava Leonardo Teodoro Silva, o dono da carteira com documentos, cartão de crédito e dinheiro que Nobre encontrou no último domingo, dia 21.
A procura acabou nesta terça-feira, 23, quando ele parou um motociclista no bairro desconhecido para perguntar se ele sabia onde morava um “Leonardo”. Por capricho do destino, ele abordou justamente a pessoa que procurava.
“Não acredito! Você é o Leonardo Teodoro da Silva?”, perguntou.
Ao mostrar a carteira que o rapaz perdeu, nem mesmo o dono do pertence acreditou. Os dois se cumprimentaram com alegria. O primeiro, pela missão cumprida. O segundo, pela surpresa com o gesto de honestidade do novo amigo.
Outra coincidência é que o encontro inusitado aconteceu diante da equipe do Diário, que percorria o bairro. À reportagem, Vitor contou que, domingo, transitava de moto pela avenida Alfredo Folchini, no bairro Vila Toninho, quando viu uma carteira caída no asfalto.
“Pelos documentos, achei o perfil da mãe dele no Instagram e mandei mensagem, mas ela não respondeu. Então fiz uma pesquisa no Serasa e descobri que a família teve uma empresa neste bairro. Quando consegui um tempo livre, vim aqui perguntar se alguém o conhecia”, explica.
Vitor seguiu até a casa do presidente da associação de moradores, mas ele não estava em casa. Quando saía do local, um motociclista passava pela rua e ele abordou.
“Você conhece o Leonardo Teodoro?”. O dono da carteira, que nem esperava mais recuperá-la, ficou surpreso.
“Eu estava com meu pai no domingo. Coloquei a carteira no baú da moto para não cair do bolso e, mesmo assim, eu a perdi”. Como gratidão, ele retirou todo o dinheiro que havia na carteira e entregou a Vitor, que recusou, mas acabou aceitando por insistência de Leonardo.
“Quanto tinha na carteira?”, pergunta a repórter. “Não sei, eu não mexi”, disse convicto o engenheiro Nobre.