ARTE PARA QUÊ?

Arte não é luxo, mas necessidade, afirma o filósofo e poeta Ernst Fischer, argumentando ser ela uma necessidade humana fundamental tão importante quanto a comida, o abrigo e o amor, porque a nossa própria existência não basta. Expressão criativa da experiência humana, única e individual, é nutrição essencial para o nosso equilíbrio psicofisiológico. Expressa sonhos, esperanças e medos ao longo dos séculos, assim como tem sido usada para desafiar a autoridade, criticar costumes e promover mudanças sociais. Servida para entreter, educar, inspirar a pensar de formas diferentes e ver o mundo de novas maneiras, assim como provocar, nos desafiando a repensar nossas crenças e valores, conceitos e normas. Pode assim nos ajudar a entender um mundo que dispara velozmente ao nosso redor, e a nós mesmos, encontrando novo sentido em nossas vidas, não julgando bem ou mal, apenas respondendo a ela.
Rio Preto tem o privilégio de uma vanguarda cultural e artística rica em possibilidades, que faz história através do Diário da Região, que, em suas páginas e da sua Revista Bem- Estar procura difundir o que há de melhor na cidade e na região em termos culturais, revelando e valorizando talentos, como agora, na 3ª edição do “Concurso Arte na Cidade”, que conta com a participação de 71 artistas, avaliados por uma comissão especializada. Selecionados por essa curadoria técnica, que confere credibilidade ao projeto, os artistas farão parte de uma mostra no Riopreto Shopping, de 23 de julho a 22 de agosto.
Graças a projetos dessa natureza, socialmente importantes, conseguimos democratizar o acesso a arte, fazendo com que a mesma chegue a um número expressivo de pessoas, por se tratar de exposição em espaço público, assim como revelar talentos guardados, que sem isso nunca teriam voz ou presença.
Toda arte é produto do seu tempo, antena do seu tempo, com caráter mágico e incitação à ação reflexiva, com potencial de mudar nossa visão sobre nós e o mundo, transformando a experiência em memória e a memória em expressão. A união do indivíduo com o todo.
À medida que a vida humana se fragmenta pela complexidade das tarefas e interesses, mais se consolida a função da arte: refundir o ser humano consigo mesmo, redescobrindo-se como ser sensível e reencontrando-se com seus princípios fundamentais, preenchendo vazios que geram angústia. Escrever, musicar, interpretar, colocar cores e traços nas emoções, é ressignificar o próprio ato de viver.
FRASE:
Toda arte é produto do seu tempo, antena do seu tempo, com caráter mágico e incitação à ação reflexiva, com potencial de mudar nossa visão sobre nós e o mundo