- domingo, 11 de março
Uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Rio Preto busca tornar o diagnóstico de doenças mais preciso. Um grupo de seis alunos do curso de informática, coordenado pelo professor Leandro Alves Neves, reproduz órgãos, ossos e outras estruturas anatômicas do corpo humano com o auxílio da computação gráfica. São criadas imagens no computador que reconstroem desde a forma do órgão até detalhes da estrutura de suas células. “A intenção é reproduzir as estruturas com detalhes que permitam médicos e pesquisadores simular doenças, testar medicamentos e realizar planejamentos cirúrgicos”, afirma Neves.
A pesquisa é desenvolvida há três anos. Já foram reproduzidas no computador a artéria aorta, a coluna vertebral, o esôfago e um bronquíolo (estrutura pulmonar). Atualmente alunos envolvidos com o projeto trabalham na reprodução de ramificações arteriais e venais dos membros superiores e na reconstrução de parte do coração. De acordo com o professor, ainda não há previsão de quando os resultados dos estudos chegarão ao mercado. Mas quando isso acontecer, será possível identificar como trabalham hoje os sistemas de diagnóstico de doenças e melhorá-los.
Neves afirma que existem softwares que atuam como sistemas de apoio à decisão de médicos. Quando um médico recebe resultado de exames feitos com raios X, tomografias e ressonâncias magnéticas, ele pode recorrer a um software que avalia as imagens desses exames e indicar que tipo de doença o paciente tem ou a porcentagem de chance de ele estar com determinada doença. Para dar essas respostas, esses softwares precisam ser “treinados”. E as estruturas criadas pelos pesquisadores da Fatec poderão justamente “treinar” esses softwares.
As imagens criadas serão expostas aos sistemas de apoio de decisões e poderão identificar quão eficientes esses sistemas são, além de melhorá-los, deixando-os aptos à identificação de doenças. Por enquanto, o grupo atua na reconstrução de órgãos sadios, mas em uma etapa posterior a intenção é reconstruir em imagens computadorizadas um órgão com patologias. As imagens irão mostrar como fica um órgão quando ele é atingido por determinada doença.
Parceria
Além da Fatec de Rio Preto, alunos da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), instituição onde Neves também leciona, trabalham no projeto. Lá os estudos têm o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). A entidade de amparo à pesquisa beneficia alunos ligados ao projeto com bolsas de R$ 7 mil ao ano. Também houve incentivos de R$ 30 mil em laboratórios. Em Rio Preto, a contrapartida da Fatec com o fornecimento de infra-estrutura e professores gerou investimentos de R$ 25 mil em três anos de existência do projeto.
Neves diz que na fase em que o projeto se encontra, médicos também auxiliam os pesquisadores. “Ajudam na troca de informações para a criação de modelos compatíveis (com o real).”
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