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03.Abr.2021 às 22h30

Saúde

Uma dor em silêncio

Mulheres reclamam que médicos não dão atenção às suas queixas, aponta pesquisa


Por: Gisele Bortoleto
Black woman headache and sleeping
Black woman headache and sleeping -

Apesar de as mulheres relatarem dores crônicas mais intensas e duradouras do que os homens, estudos internacionais mostram que elas são tratadas com menos assertividade. Agora, pela primeira vez no Brasil, o Brasil fez uma pesquisa sobre o tema. O resultado mostra que 50% das entrevistadas reclamam da valorização que o médico dá às suas queixas de dor. Entre as insatisfeitas, 75,5% delas reconhecem que o médico se preocupa com a doença, mas dá pouca atenção a essas queixas de dor.

O objetivo da pesquisa, além de conhecer a percepção que as pacientes com dor crônica têm do atendimento recebido por parte de médicos e de suas equipes, é chamar a atenção para um campo da medicina que só irá se expandir e aprofundar no futuro: o das desigualdades de gênero. Os dados foram coletados entre outubro e novembro do ano passado por meio de um questionário veiculado online pelo Google Forms, sob a supervisão do autor e do blog Dor Crônica, pelo acesso a sua base mensal de 80 mil visitantes, bem como as plataformas de mídia social Google, Facebook, Instagram, LinkedIn e WhatsApp).

A pesquisa foi feita por O Blog, projeto filantrópico de educação em dor no Brasil (https://dorcronica.blog.br) em parceria com a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) e autorizada pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa. Intitulada "Percepção do atendimento médico prestado às mulheres com dor crônica", foi realizada com 1.022 mulheres, de 18 a 78 anos (maior parte entre 40 e 60 anos), sendo que 86% sente dor há mais de seis meses; 62%, relatam alta intensidade de dor, e quase um terço (29,4%) sente dor intensa, sem ter essa condição "legitimada" pelo médico.

"Apesar de a proporção feminina da população impactada pela dor crônica ser o dobro da masculina, as mulheres não são atendidas de forma tão eficaz quanto os homens", afirma o pesquisador profissional Julio Troncoso, criador do projeto.

Objetivo é chamar atenção dos profissionais

O estudo que será publicado em uma revista especializada servirá de argumento para chamar a atenção dos profissionais da saúde, especialmente os médicos, quanto a situação em relação as dores femininas. "Nos países mais desenvolvidos há críticas crescentes quanto as queixas da mulher com dor crônica não serem devidamente valorizadas pelos médicos e, em vez disso, atribuídas à somatização", diz ainda Troncoso, que é PhD em comportamento.

Os dados da nova pesquisa demonstram também as críticas das mulheres com relação à equipe de saúde (enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais). Duas em cada dez entrevistadas afirmam que a equipe médica não se preocupa com a sua dor. Entre as 882 mulheres com dor crônica há mais de seis meses, 32% relataram não conhecer o motivo da dor e 35% afirmam que não foram informadas a respeito por um profissional da saúde.

Troncoso explica que esta percepção da mulher com dor crônica sobre o atendimento que recebe dos médicos e das equipes de saúde reforça a noção, suportada pela literatura, de que os médicos tendem a se comunicar tecnicamente com seus pacientes, negligenciando os cuidados de forma e conteúdo que preservam relações interpessoais saudáveis.

"Ao propormos um estudo sobre esse assunto, estamos incentivando nossos alunos a se interessarem por uma queixa prevalente com a qual ele terá que lidar após a sua graduação", diz a médica Ana Carolina Marchesini de Camargo, vice-diretora da FMJ.

Um pouco mais

Atualmente, quase 40% da população do País convive com algum tipo de dor crônica, segundo dados da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED). As dores do sistema musculoesquelético, as mais comuns, atingem 15% dos adultos. "A dor crônica afeta de forma significativa a qualidade de vida, pois pode reduzir a mobilidade, levar a quadros de ansiedade e depressão, à incapacidade, entre outros prejuízo", explica a fisioterapeuta e especialista em Pilates, Walkiria Brunetti.

Dados do Ministério da Saúde e IBGE apontam que 44,5% das mulheres brasileiras convivem com dores constantes. A dor na coluna e enxaqueca estão entre as queixas mais comuns, perdendo apenas para as cólicas menstruais que afetam 75% das mulheres, segundo pesquisa do Ibope Inteligência. Para Denise Katz, médica especialista em dor, um tratamento multifatorial combinando medicação e mudanças de hábitos pode reduzir os problemas.

A dor de coluna tem prevalência em mulheres (21%), contra 15% dos homens. Outra incômodo relatado entre as mulheres é a enxaqueca. Parte dessa maior ocorrência é causada pelo fator hormonal, mas também pode ser desenvolvida por questões tensionais.

Nesse cenário, a fibromialgia aparece como uma das principais queixas, sendo uma das condições mais atendidas no consultório do reumatologista, onde representa mais de 10% dos diagnósticos. "A doença está presente em até 2,5% da população brasileira, com predomínio no sexo feminino, principalmente entre os 35 e 44 anos", explica a reumatologista Themis Torres.

"O tratamento ideal para as dores que acometem constantemente mulheres é composto por mudanças de hábitos, ajustes posturais, além de exercícios físicos que soltem o músculo e medicações analgésicas para aliviar a dor. É importante que a orientação parta sempre de um profissional da saúde. Sempre que a dor persistir por vários dias, procure um médico", sugere Denise Katz.

Para o controle

Gerencie o estresse: O estresse pode piorar a dor já instalada, pois causa tensão nos músculos. Assim, procure maneiras de gerenciar o estresse. Uma delas é fazer respirações profundas e demoradas, aquele famoso ditado "conte até dez" e respire é muito útil para se acalmar;

Durma bem: O sono é essencial para a recuperação do organismo. Procure dormir de seis a oito horas. Se você dorme e acorda cansado, procure um médico para avaliar se há presença de algum distúrbio do sono;

Sempre em frente: Não deixa a dor impedir você de viver. Procure, na medida do possível, continuar a sua rotina normal, sem se isolar;

Procure apoio: A dor está insuportável? Busque ajuda, seja de grupos de apoio ou de psicólogos. O impacto da dor crônica nas emoções pode ser grande, então o apoio psicoterápico pode ser de grande valia.

Fonte: Walkíria Brunetti, fisioterapeuta

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