Com o passar dos anos, é natural que as pessoas percam a capacidade auditiva. Entretanto, admitir a deficiência não é uma tarefa fácil. Muitas pessoas não entendem de imediato quando começam a surgir as primeiras dificuldades de audição. Isto acontece porque, na maioria dos casos, a perda se desenvolve lentamente no decorrer dos anos e os sintomas são difíceis de serem identificados.
Pelo menos 800 milhões de pessoas sofrem alguma perda auditiva no mundo, entre elas mais de 15 milhões de brasileiros, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). "A causa pode ser desde um cerume (rolha de cera) que está atrapalhando a audição até uma perda induzida por ruídos excessivos ou induzida por medicações fortes, tumores, acidentes ou traumas", explica o otorrinolaringologista Alexandre Colombini.
O processo acontece de forma diferente em cada indivíduo. A estimativa é que uma em cada dez pessoas a partir dos 40 anos conviva com algum grau de perda auditiva. Com o envelhecimento natural do corpo, as células ciliadas do ouvido interno começam a morrer. A perda tende a ser mais severa na terceira idade. "O primeiro passo é aceitar que já existem dificuldades para ouvir em certas situações. Reconhecer a deficiência é a melhor coisa a fazer. Estudos comprovam que o tratamento da perda de audição - geralmente com o uso de aparelhos auditivos - resulta em melhoras significativas na qualidade de vida", explica a fonoaudióloga Marcella Vidal.
Uma pessoa pode notar os primeiros indícios de surdez pela dificuldade de entender o que outra está falando. Os sons da fala com mais alta frequência são as consoantes, como o S, T, K, P e F.
O diagnóstico deverá se feito por um médico otorrinolaringologista. Se não houver tratamento, a deficiência atingirá um estágio mais avançado. A tecnologia avançada tem sido uma grande aliada dos deficientes auditivos. Atualmente, há uma diversidade de modelos de aparelhos, discretos, com design moderno, conectados à internet e adequados para os diferentes graus de perda de audição.