Você é o tipo de pessoa que morre de medo de perder o emprego em tempos crise e desemprego e prefere aguentar qualquer coisa em nome do salário no fim do mês? Comece a reconsiderar. Um estudo mostra que ter um emprego com salário garantido no fim do mês nem sempre significa benefícios à saúde e ao bem-estar. Ter um emprego ruim pode ser pior para a saúde do que estar desempregado, garante ciência.
Segundo os pesquisadores, a qualidade do trabalho é de extrema importância, pois permanecer em um emprego ruim que combina vários fatores de estresse, como insegurança, baixa autonomia e baixa satisfação, pode ser tão ruim para a saúde quanto estar desempregado. Se você está infeliz, não se preocupe. Outro estudo feito pelo Instituto Gallup mostra que 72% dos profissionais hoje estão infelizes e com pouco entusiasmo.
O estudo publicado no International Journal of Epidemiology mostra que estar desempregado e partir para um trabalho qualquer e que seja de baixa qualidade pode ser ainda mais prejudicial.
Os pesquisadores da Universidade de Manchester selecionaram 1.116 pessoas entre 35 e 75 anos, que estavam desempregadas e as acompanharam por dois anos. Eles mediram indicadores de estresse crônico, como colesterol ruim, níveis de proteína C reativa (produzida pelo fígado quando há inflamação) e pressão sanguínea.
Se comparadas com aquelas que foram para um emprego bom, as pessoas que migraram para um trabalho de má qualidade apresentaram níveis mais altos de inflamação e menor taxa de depuração da proteína C, fator negativo para a saúde.
As alterações nos marcadores indicaram níveis altos de estresse crônico, além de aumentar os níveis de gordura e glicose no sangue. O estudo mostrou que, por incrível que pareça, estar desempregado não é a pior situação que uma pessoa pode estar.