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05.Abr.2021 às 21h25

COMPORTAMENTO

Como a pandemia tem afetado a libido de casais e de solteiros

Seja casais em home office ou solteiros que moram sozinhos, a pandemia da covid-19 e o isolamento social podem se revelar obstáculo para o prazer sexual


Por: Luciana Vinha
Convivência maior em casa na pandemia
Convivência maior em casa na pandemia - Pixabay/Reprodução

Em tempos de pandemia, encarar a situação com bons olhos é fundamental para os relacionamentos, apesar dos contratempos advindos nesse período de isolamento. Muitos casais que antes não tinham tempo para ficarem juntos por conta da rotina acelerada no dia a dia estão agora aproveitando esse momento para se reconectarem e aprofundar a relação, e isso tem favorecido o aumento da libido e da intimidade conjugal. "Existem muitos casais que se perderam no meio de suas obrigações profissionais e que não tinham tempo para cuidar de si mesmos e nem para olhar o outro. Com a pandemia, essas pessoas permitiram se dar esse tempo para se conhecerem mais e para viverem mais. É o que chamamos de ressignificação", explica o psicólogo e terapeuta sexual Clovis Neto, de Rio Preto.

Porém, para manter uma rotina saudável no relacionamento durante a pandemia é preciso equilíbrio emocional, pois questões como medo, mudanças na rotina, excesso de convívio ou falta dele, aumento das tarefas domésticas, cuidados com os filhos e preocupações com o trabalho e vida financeira, além do acúmulo de estresse, são fatores que podem afetar a vida intima, podendo transformar-se em um verdadeiro balde de água fria na hora do sexo. "O sexo começa na nossa cabeça, e se ela não estiver boa, é praticamente impossível conseguirmos exercer nossa sexualidade de modo saudável, pois é preciso relaxamento, e esse constante estado de ameaça, quando absorvido pelo indivíduo, não permite tal relaxamento, sendo importante criar um núcleo de segurança, uma barreira contra os sentimentos externos, para que isso não afete a vida a dois", pontua Neto.

Segundo ele, todas essas preocupações causam a diminuição do desejo sexual, principalmente quando não há cumplicidade entre o casal. Mas, ressalta que se existir confiança, essa ligação emocional e sexual não sofrerá grandes abalos. "Sempre digo que temos que ser responsáveis com a nossa vida. Se a relação for baseada na sinceridade e na parceria, por mais que existam conflitos, eles serão amenizados. Conversas, planejamento e organização são ótimos aliados para proteger a relação", orienta.

Quarto virou escritório

Neto explica que é preciso estar atento aos fatores que podem contribuir de forma negativa, como no caso dos casais que atualmente estão trabalhando em sistema de home office e que transformaram o quarto em escritório, fazendo da cama o lugar de ficar com o notebook em cima do colo, fazer as refeições, e isso não é indicado, pois é importante que o casal mantenha o espaço reservado para a privacidade a dois. "Um dos pontos principais para o insucesso de uma relação é a falta de privacidade, seja ela individual ou do casal, e a falta de espaço físico torna-se prejudicial, pois, se não é um espaço adequado, dificilmente haverá um relaxamento e uma conexão", orienta.

E quando um não está na mesma sintonia que o outro no que se refere à libido, a melhor saída é o diálogo. "Conversar, buscando compreender o que o outro deseja, e ser responsável com seu próprio sentimento é a melhor solução. Muitas vezes, esse desequilíbrio vem de outras situações e, por falta de comunicação [e outros motivos], não foi resolvido antes", pondera Neto.

Novos horizontes

Como diz o ditado: "Nem tudo na vida são flores", esse momento de pandemia serviu também para que muitos casais rompessem seus laços matrimoniais. Enquanto muitos se aproximaram, outros não conseguiram lidar com o excesso de convivência de forma positiva e o momento acabou sendo propício para avaliarem se realmente valia a pena seguir adiante com o relacionamento. Prova disso é o aumento do número de divórcios nesse período, que bateu recorde no Estado de São Paulo em 2020, comportamento seguido por todo o País, de acordo com dados do Colégio Notarial do Brasil (CNB).

A explicação, segundo Neto, é que além dos problemas que surgiram com a pandemia, casais que já viviam em conflito passaram a dar mais ênfase às adversidades já existentes. "Se o casal não tiver uma relação equilibrada, a situação de pandemia só servirá como gatilho para problemas já existentes, visto que passar mais tempo juntos permite que as pessoas entrem em contato com a real personalidade de seu companheiro ou companheira e situações que antes eram mascaradas pela rotina social anteriormente vivida. Com essa rotina sendo suspensa, surgem os problemas, sejam eles familiares ou individuais", pontua.

Vida de solteiro em época de pandemia

Para os solteiros, em muitos casos, pandemia virou sinônimo de abstenção, pois, como as interações sociais deixaram de acontecer no mesmo ritmo de antes, conhecer pessoas novas e partir para um relacionamento não é o mais indicado no momento. Clovis Neto ressalta que, para quem está sozinho e no momento não há a possibilidade de se relacionar com alguém, a dica é buscar o autoconhecimento e utilizar esse tempo para questionar padrões antigos e automatizados, fazendo as pazes com o próprio corpo e buscando aprender mais sobre os próprios desejos.

"Estamos em um momento jamais vivido sexualmente dizendo, pois só tivemos uma situação semelhante quando houve o surgimento do HIV. A incerteza sobre o amanhã traz uma insegurança que é incompatível com uma atividade sexual satisfatória e, sendo assim, a abstenção de relações casuais passa a ser uma realidade. O mais indicado é seguir as orientações das autoridades de saúde; sexo é vida, mas sem vida não há sexo. O momento é de cuidar de si e dos outros com responsabilidade."

Distração bem-vinda

Pesquisas indicam que o distanciamento social fez disparar o aumento do consumo de produtos eróticos, tornando a imaginação uma grande aliada do autoprazer como válvula de escape. Com pessoas enfrentando mais tempo sozinhas, investir em bem-estar sexual nesse cenário pandêmico pode ser uma boa para aliviar o estresse, liberar endorfinas e se reconectar com o próprio corpo, além de quebrar os paradigmas que ainda consideram o assunto e experiências relacionadas como um tabu, apesar de o mercado estar em alta. "Para o comprador de primeira viagem, oriento que se permita ouvir seus desejos e suas vontades, e não dê ouvidos aos julgamentos presentes em sua mente, muito menos aos julgamentos sociais."

Casais e os desafios da convivência na pandemia

Edi Caires/Arquivo familiar

O casal Augusto Servan, 37, e Naisa Cruz Servan, 34, está junto há 17 anos. Eles são pais de Kadu, 4, e Lucca, de 1 aninho, e aguardam a chegada de Dante, "uma surpresa da pandemia", como relatam. Os dois estão trabalhando em sistema home office e, para ela, a experiência de confinamento não tem sido fácil. "Ficar trancafiado com os filhos dentro de um apartamento e ainda trabalhando não é fácil. A rotina da casa se tornou mais cansativa e praticamente só temos tempo para nós, como casal, quando as crianças dormem."

Eles dividem as tarefas da casa - que por sinal aumentaram muito - e o cuidado com os filhos. Afirmam que mais estresse é igual a menos sexo, pois gera maior cansaço físico e mental, além de discussões, mas que, apesar disso, a rotina sexual não sofreu muitas alterações. "O que mudou é que quando vamos para a cama estamos mais cansados que o habitual por conta do aumento dos afazeres, mas conseguimos manter, tanto que engravidamos [risos]."

Para manter o relacionamento saudável, Naisa considera importante o carinho entre o casal. "Temos que aprender a girar o botão e sair da casinha dos afazeres domésticos e pais e pensar no casal. Quem mais contribui para lembrar que somos um casal e que temos que ter nosso momento é meu marido, e graças a ele conseguimos manter a rotina, mesmo não sendo tanto quanto gostaríamos."

Para driblar a falta de programas durante o isolamento social, jantares românticos e filmes a dois ajudam a quebrar a rotina. "Vira e mexe pedimos um jantar especial, tentamos assistir um filme, apesar de nem sempre conseguirmos ver até o final juntos. E como as crianças sempre dormem praticamente no mesmo horário, teve uma ocasião, no dia nos namorados, em que preparei uma surpresa pra ele. Planejei tudo, encomendei um jantar, comprei um presentinho romântico, coloquei as crianças para dormir e fui buscar a comida no drive. Ele não desconfiava de nada. Cheguei, pedi pra ele ir para o quarto, preparei a mesa, coloquei até camisola nova, e de repente ele surge com nossos filhos no colo. Eles acordaram bem na hora e não voltaram a dormir. Rimos muito e nosso jantar de dia dos namorados acabou sendo com as criança."

Namoro na quarentena

Apesar de o momento não ser oportuno para novos relacionamentos, a amizade de longa data trouxe mais alegria ao novo casal Thompson Colombo Vocci, 34, e Bruna Cardoso, 37, que resolveram engatar um namoro durante a pandemia. Embora o relacionamento amoroso seja recente, eles se conhecem há sete anos. Thompson conta que apesar da pandemia, os dois se encontram com frequência, moram próximos um do outro e isso facilita. "Apesar do pouco tempo de namoro, a gente se conhece há muito tempo, sempre conversamos muito, e isso contribui para evitar possíveis conflitos, já que devido às condições atuais todos estão mais estressados", conta.

Por conta das restrições e também das recomendações de saúde, o casal segue a rotina de cuidados, usando máscaras e álcool em gel nos ambientes públicos, e frequentam com parcimônia a casa um do outro, evitando o contato mais próximo com os familiares. "Sempre nos cuidamos bem e qualquer sensação diferente, evitamos o contato até segunda ordem."

Criatividade na rotina

Charles Rainier Bellintani Duarte, 30, e Ana Carolina Gonçalez Santos, 27, são casados há oito anos e ainda não tem filhos. Ambos estão trabalhando em sistema home office e, aos sábados e domingos, ele trabalha presencialmente em outro emprego. Duarte pontua que devido ao fato de ambos estarem mais tempo juntos, em casa, o momento tem sido benéfico para que possam se aproximar mais e, segundo ele, a criatividade no relacionamento é grande aliada para quebrar a rotina. "Já que passeios e jantares românticos fora de casa não são possíveis, priorizar momentos a dois, mesmo em casa, é fundamental para manter a relação saudável e prazerosa. Assistir filmes e séries juntos, programar um jantar especial, pode significar mais aproximação, principalmente se os dois conseguem combinar gostos", avalia.

Para ele, viver em constante estado de ameaça por causa da pandemia é um obstáculo para exercer a sexualidade, tanto fisicamente quanto psicologicamente. "A pandemia trouxe consequências negativas para quem procura seguir à risca as recomendações de saúde. E como estamos seguindo essas orientações de forma rigorosa, creio que a libido já teve dias melhores", diz. "A receita de sucesso para ter uma união feliz é o amor. Tem que ter sentimento, ser grato pela presença, pela vivência, querer fazer o bem para o cônjuge. Tem que ter carinho e muita compreensão, principalmente nesses momentos de adaptação. Eu acrescentaria na receita algumas doses de tolerância, um pouco de 'DR' e alguns momentos separados (mesmo em cômodos diferentes, mas sem estar mal um com o outro). Nessa receita só não tem cereja porque esse bolo não fica pronto nunca [nem é esse o objetivo]."

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