O mosquito continua sendo o animal que mais causa óbitos no Brasil. Dados do Ministério da Saúde apontam que a dengue provocou 6.068 óbitos em 2024, ultrapassando as mortes por covid-19 no mesmo período, que somaram 5.959.
O aumento foi de 414% em relação a 2023, quando houve 1.179 vítimas da doença. A maior concentração de casos ocorre entre novembro e maio, época de chuvas e acúmulo de água parada, ambiente ideal para a reprodução do mosquito.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, alertou que 2025 pode registrar novo aumento de infecções, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. O fenômeno El Niño, com temperaturas elevadas e maior volume de chuvas, contribui para a proliferação do vetor.

Prevenção e riscos à saúde
Além da dengue, o mosquito é responsável pela transmissão de zika, chikungunya, febre amarela e malária. Como a maioria dessas doenças não tem vacina amplamente disponível, a principal forma de proteção é evitar criadouros e picadas.
Entre as medidas preventivas estão o uso de repelentes, roupas que cubram braços e pernas e mosquiteiros. Também é essencial eliminar focos de água parada em vasos, baldes, caixas-d’água, pneus e lixeiras. O uso de telas em portas e janelas e aparelhos de ar-condicionado ajuda a reduzir a presença do inseto dentro de casa.
Os sintomas de alerta incluem febre alta, dores no corpo e nas articulações, manchas vermelhas, náusea, vômitos e sangramentos. Ao surgirem sinais da doença, deve-se procurar atendimento médico e evitar a automedicação. Grupos de risco, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, precisam de acompanhamento especial devido ao maior risco de complicações.





