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16.Fev.2021 às 20h49

Painel de Ideias

Meus dias no HB

Minha passagem pelo HB, excetuando uma ligeira "crise psicótica", além de curativa foi bastante instrutiva


Por: Lelé Arantes
À frente da THS, Lelé Arantes é um dos precursores do mercado editorial de Rio Preto
À frente da THS, Lelé Arantes é um dos precursores do mercado editorial de Rio Preto - Mara Sousa/Arquivo

Estive internado por alguns dias no Hospital de Base - HB, por causa do Covid-19. Não cheguei a ser encaminhado para a UTI, nem fui entubado. No mesmo período, meu irmão caçula, Fábio Andrei de Oliveira Neves Teixeira, de 39 anos, fez sua passagem para o outro mundo, após uma quinzena de UTI. Preciso alertar que ele não tinha comorbidades. Quando ele morreu, minha mãe, meu padrasto e eu estávamos internados, vítimas do vírus, não pudemos participar do seu funeral.

Minha passagem pelo HB, excetuando uma ligeira "crise psicótica", além de curativa foi bastante instrutiva. Na solidão do quarto, o silêncio só era quebrado quando aparecia o médico, enfermeiras, atendentes ou as mulheres da limpeza. De resto, eu tinha o tempo todo para devanear.

Fiz muitas viagens mentais neste período. Pensei na morte e fiquei espantado por nunca ter refletido verdadeiramente sobre a efemeridade de nossa passagem nesta vida. Fui lembrando dos rostos dos amigos falecidos e me perguntando se realmente existe uma vida além da morte. Cético, concluí que se eu morresse agora não estaria nem um pouco preocupado em saber se há ou não um mundo no além.

Fui tão bem tratado pelas pessoas que trabalham no HB que logo esqueci este negócio de morrer. Quando recebi um bilhetinho, escrito pela Natasha, eu tive certeza de que não era desta vez que bateria as botas. "Obrigada por me deixar cuidar do senhor! Adorei nossos papos, mesmo que curtos!", ela escreveu. É uma menina de apenas 20 anos e atua na linha de frente no combate a esta doença.

Sim, tive duas pessoas do atendimento que conversaram muito comigo. Natasha foi uma delas. Elas me deram força e fizeram eu entender que havia muita gente em piores condições de saúde que estavam carregadas de esperança. Lembrei-me de que o próprio diretor do HB, o infatigável Jorge Fares, foi mandado duas vezes para a UTI pelo Covid. Então, como diria o presidente: — pare de choramingar.

Ao deixar o HB, tive certeza de que carinho e atenção realmente ajudam na recuperação. Antes, eu havia passado pela UBSF do Solo Sagrado e pela UPA da Anchieta. Em ambas fui agraciado com dedicação, sorriso e simpatia. Não tenho como agradecer nominalmente a todos que me atenderam. Ao agradecer os médicos André Baitelo e Vera Lúcia Kawagoe e as atendentes Mariana, da UBFS Solo Sagrado, e Natasha, do HB, estendendo os agradecimentos a todos.

A vida segue. E como disse o maior de todos os médicos rio-pretenses, Domingo Marcolino Braile: "Viver é um fenômeno de resistência...". Essa frase, Elma Eneida Bassan Mendes escolheu para abrir a biografia de Braile, no capítulo "Mania de Cuidar de Gente". Em tempos de pestes, guerras e fome, viver é muito mais difícil. Estamos em um tempo de peste e graças a Deus hoje temos uma medicina de alta qualidade que será capaz de evitar uma tragédia de proporções exponenciais como foram as pestes anteriores ao século 20.

Apesar das trapalhadas dos nossos governantes, da impulsividade dos nossos jovens e da indiferença nauseabunda da economia é preciso acreditar que venceremos mais essa peste que leva o moderno nome de pandemia. Uma sugestão é fazer como Fernanda Sassoli: escolher uns bons livros e lê-los. É uma boa alternativa aos botecos da vida. Me parece que neste momento ela está devorando A Montanha Mágica, de Thomas Mann, e fechou, recentemente, a última página de Anna Karênina, de Tolstói. Ou então, fazer como Regina Célia Ferreira que está vendo três séries turcas narrando as histórias de Ertugrul, Osman e Meliksha... a primeira, tem mais de 400 capítulos.

Enquanto a vacina não chega e o vírus não for debelado, o melhor é tomar todos os cuidados, assim como Saulo Nunes: cumprimentar de longe, no mínimo três metros de distância. Afinal, se a ciência mandar ser um metro e meio, que seja três.

LELÉ ARANTES, Jornalista, escritor, historiador e membro da Academia Rio-pretense de Letras e Cultura (Arlec). Escreve quinzenalmente neste espaço às quartas-feiras

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